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“A Verdade Dói” sensibiliza alunos para a violência contra a mulher

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“A Verdade Dói” é o título da exposição patente na Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro até 31 de março, que tem como objetivo principal sensibilizar a comunidade escolar para a violência exercida contra as mulheres, procurando mobilizar especialmente os jovens a refletirem sobre o tema.
São denunciadas dez formas de violência exercida sobre a mulher (da mutilação genital à violência doméstica)

“A Verdade Dói” é o título da exposição patente na Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro até 31 de março, que tem como objetivo principal sensibilizar a comunidade escolar para a violência exercida contra as mulheres, procurando mobilizar especialmente os jovens a refletirem sobre o tema.

A exposição-instalação foi inaugurada a 8 de março – Dia Internacional da Mulher, e é uma versão local de uma mostra criada pelo Museu do Calçado que conta as histórias reais de 28 mulheres vítimas de violência. Na escola, são denunciadas dez formas de violência exercida sobre a mulher (da mutilação genital à violência doméstica).

A mostra consiste em várias cadeiras de madeira, cada uma com um cartaz onde é contada a história de uma vítima e, por baixo, um par de sapatos pintado de vermelho. A intenção é que exista interação entre os elementos expostos e quem visita a sala, levando-os a “calçar os sapatos” das vítimas.

A iniciativa levará esta exposição a todos os alunos do agrupamento, visto que o espaço servirá para as aulas de Cidadania e Desenvolvimento durante este mês.

Na inauguração, a diretora do Museu Malhoa, Nicole Costa, contou como a professora Cecília Correia propôs levar para a sua escola a exposição desde que esta inaugurou naquele espaço, a 25 de novembro (Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres).

Depois da mostra ter estado patente no museu até 12 de fevereiro, Cecília Correia (que é a responsável no Agrupamento pelo Plano Nacional de Artes) envolveu os seus alunos na recriação do que tinha sido apresentado.

Segundo a diretora do Museu Malhoa, Cecília Correia foi “excecional na forma como mobilizou os jovens e conseguiu dar uma nova forma ao que já estava feito”. Algumas das alunas que participaram neste trabalho referiram como se sentiram envolvidas nas situações descritas durante a pintura dos sapatos, ainda mais do que quando viram a exposição original no museu.

Nicole Costa considera que, ao abordar-se este problema de uma forma aberta nas escolas, pode-se esperar que exista mais igualdade e menos violência entre géneros nas gerações futuras.

Sara Paiva, diretora pedagógica do Museu do Calçado, explicou que “A Verdade Dói” surgiu a partir de um protesto público da UMAR (União de Mulheres Alternativa e Resposta), no Porto, em que foi colocado na rua um conjunto de sapatos pintados de vermelho com informações sobre mulheres que tinham sido mortas em Portugal.

O diretor do Agrupamento Rafael Bordalo Pinheiro, Jorge Pina, afirmou como é importante trazer a discussão desta temática para o contexto escolar, uma vez que muitas vezes as crianças e jovens são atingidas pelo flagelo da violência sobre a mulher e também por questões como a violência no namoro, entre outras.

A vereadora da Cultura e Educação da Câmara Municipal das Caldas da Rainha, Conceição Henriques, salientou que esta é uma temática muito importante para ser discutida numa escola. “Em Portugal, o local onde mais mulheres são assassinadas é dentro das suas casas”, sublinhou, para chamar a atenção para o facto de as vítimas serem um alvo para aqueles com quem antes tinham uma relação afetiva. Por isso, incentivou os jovens a criarem a sua identidade numa base da autonomia, de liberdade e de exigência de respeito.

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