Os deputados do PSD na Assembleia da República, Hugo Oliveira, Olga Silvestre, João Marques e João Barreiras Duarte, questionaram o ministro da saúde em que data tenciona conceder uma audiência ao presidente da Câmara Municipal das Caldas da Rainha, interrogando “porque razão não respondeu até agora, apesar dos pedidos de audiência que este lhe dirigiu há mais de quatro meses”.
Apontam os deputados que em novembro de 2022, “passada mais de uma década de estudos e promessas, o senhor ministro da Saúde afirmou que ‘decidiria’ a localização do novo hospital do Oeste até março de 2023, ou seja, já daqui a dois meses. É neste contexto que verdadeiramente se não descortina a razão de o referido membro do Governo não ter ainda recebido o presidente da Câmara Municipal das Caldas da Rainha, apesar dos pedidos de audiência que este já por duas vezes lhe dirigiu – em 22 de setembro e a 20 de dezembro de 2022 – com vista à apresentação da proposta dos Municípios das Caldas da Rainha e de Óbidos para a localização do novo Hospital do Oeste”.
Os mesmos deputados questionaram também o ministro como justifica que “mais de 35% dos utentes inscritos na Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) de Óbidos não disponham de médico de família”.
“A UCSP de Óbidos dispõe apenas de três médicos especialistas em medicina geral e familiar, um número manifestamente insuficiente para a prestação de cuidados de saúde aos 7.839 utentes que nela se encontram inscritos. Acresce que nos foi dado a conhecer que está prevista para breve a saída de dois dos três médicos”, vincaram.
“Em dezembro de 2022, 2.794 utentes da UCSP de Óbidos não dispunham de médico de família atribuído”, referiram, perguntando “que medidas vai o Ministério da Saúde tomar, durante o ano de 2023, para aumentar a cobertura dos utentes, quantos médicos especialistas em medicina geral e familiar tenciona o Ministério de Saúde contratar em 2023 e se admite recorrer a médicos dos setores privado e social”.
Do mesmo modo, questionaram a forma de resolver problema idêntico no concelho do Bombarral, onde a Unidade de Saúde Familiar (USF) “dispõe apenas de dois médicos especialistas em medicina geral e familiar, um número absolutamente insuficiente para a prestação de cuidados de saúde aos 11.845 utentes que nela se encontram inscritos”.
“Em dezembro de 2022, 8.742 utentes da USF do Bombarral não dispunham de médico de família atribuído, ou seja, mais de 73% do total”, alertaram.
Igualmente sobre a Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) Litoral, na vila de São Martinho do Porto, houve perguntas dos deputados, que apontaram que “dispõe apenas de um médico especialista em medicina geral e familiar, um número clamorosamente insuficiente para a prestação de cuidados de saúde aos 6.146 utentes que nela se encontram inscritos”.
“Acresce que o profissional está em regime de transição e não ficará porque não foi aberta vaga para tal, ficando a breve trecho apenas um médico contratado por 16 horas por semana neste polo”, indicaram.
“Em dezembro de 2022, 4.495 utentes da UCSP Litoral não dispunham de médico de família atribuído, ou seja, mais de 73% do total”, sustentaram os deputados.
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