Estão inscritos 60.884 utentes nas unidades de cuidados de saúde primários do concelho das Caldas da Rainha e 10.120 não têm médico de família, nomeadamente os que fazem parte das duas Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) existentes, Caldas da Rainha e Pelicano Real.
A informação é prestada pelo gabinete do Ministro da Saúde, que assegura que, ao contrário do que acontece nas UCSP, todos os 43.878 utentes das três Unidades de Saúde Familiar (USF), Rafael Bordalo Pinheiro, Rainha D. Leonor e Tornada, têm médico de família atribuído.
Para a “cobertura plena” é indicado que “são necessários mais seis médicos de família”, lacuna que está na preocupação dos esforços da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) em articulação com a direção executiva do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Oeste Norte, refere o gabinete do Ministro da Saúde, que avança que para “fazer face às limitações existentes” o ACES Oeste Norte tem em curso um “plano de resposta às necessidades”.
Esse plano contempla o “alargamento das áreas de influência das USF modelo B já instaladas no concelho das Caldas da Rainha, o reforço da componente de prestação de serviços por via do protocolo celebrado com a Santa Casa da Misericórdia das Caldas da Rainha, o reforço do número de horas de prestação de serviços médicos através de empresas, a constituição de carteiras adicionais de serviços pelas USF modelo B, a instalação de Serviço de Atendimento Complementar nas Caldas da Rainha, a consolidação de respostas em saúde com a aglutinação das duas UCSP numa só unidade funcional e o processo de inscrição dos utentes do pólo de Santa Catarina que residam no concelho de Alcobaça na USF Santa Maria da Benedita, se assim o desejarem”.
Estas informações constam da resposta a uma pergunta do grupo parlamentar do PSD no final de dezembro sobre a falta de médicos nas duas UCSP do concelho.
No país existe praticamente um milhão e meio de utentes sem médico de família. Só no ano passado houve mais 266.643 utentes nessa situação.
Moção pede médicos para Atendimento Complementar
A Assembleia Municipal da Nazaré aprovou uma moção a exigir ao Governo que crie condições para que exista sempre um médico diariamente destacado, bem como um substituto, na escala de serviço para o Atendimento Complementar da Nazaré, de modo a atender quem necessite sem ter de recorrer aos hospitais da região.
Segundo o documento, apresentado pela CDU, “no Atendimento Complementar desde há muito tempo que são mais os dias em que falta médico ou outros profissionais do que aqueles em que vem, levando ao encerramento do serviço, em certos casos dias seguidos”.
Uma situação que obriga os utentes necessitados “a ter de percorrer dezenas de quilómetros até hospitais de Alcobaça, Leiria e Caldas da Rainha, criando enormes despesas e dificuldades às famílias e mais constrangimentos nas urgências hospitalares”.
O Atendimento Complementar funciona no Centro de Saúde da Nazaré, das 20h às 24h nos dias úteis e das 14h às 24h nos fins de semana e feriados, nos dias em que a Unidade de Saúde Familiar não está aberta.
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