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Comissão de Utentes do CHO exige ao Governo fiscalização às empresas empregadoras de médicos-tarefeiros

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A comissão de utentes do Centro Hospitalar do Oeste (CHO) solicitou ao Governo que “ordene uma inspeção às empresas decontratação de profissionais de saúde para as três unidades da região Oeste”, bem como que tome as “medidas urgentes eadequadas” para melhorar o estado da saúde no Oeste. Todas essas “preocupações” foram apresentadas no passado dia […]
O porta-voz da Comissão de Utentes reuniu com a Comissão da Saúde da Assembleia da República

A comissão de utentes do Centro Hospitalar do Oeste (CHO) solicitou ao Governo que “ordene uma inspeção às empresas de
contratação de profissionais de saúde para as três unidades da região Oeste”, bem como que tome as “medidas urgentes e
adequadas” para melhorar o estado da saúde no Oeste. Todas essas “preocupações” foram apresentadas no passado dia 4,
durante a reunião com a Comissão Parlamentar da Saúde na Assembleia da República.

Na reunião com a Comissão de Saúde, que “demorou oito meses para ocorrer”, o porta-voz da Comissão Cívica de Defesa dos Utentes do CHO, Vítor Dinis, expressou a sua “indignação, pela falta de resposta por parte do Governo no que concerne ao estado da saúde no Oeste,” e apelou a que tome as “medidas urgentes e adequadas que este grave problema merece”. A par disso entregou um memorando que continha “todas as nossas preocupações” e aborda os problemas da região Oeste no capítulo da saúde.

Um dos “grandes problemas “apontados por Vítor Dinis foi a falta de profissionais de saúde no Oeste, região onde, “todos os dias estão a morrer pessoas por falta de assistência”. Referiu também que “por este andar, nem até ao fim do ano a situação da falta de médicos estará resolvida, mais grave ainda com o aumento sazonal, que se aproxima, de doentes com gripe, problemas respiratórios, desconhecendo-se como vai decorrer em relação à Covid-19”.

“O descalabro habitual, ano após ano, decerto vai ser potenciado”, sublinhou o porta-voz, adiantando que “Portugal está cada vez mais a ser confrontado com a reforma de médicos, sem que ocorra a natural substituição, e os próprios médicos estagiários queixam-se de não terem acesso às vagas nas especialidades”.

A par com a falta de médicos e enfermeiros, a comissão sublinhou que é “urgente criar uma unidade de Cuidados Intensivos”, que sirva os cerca de 300 mil utentes do CHO, pois “não chega as duas unidades, uma para Caldas da Rainha e outra para Torres Vedras, que estão previstas serem criadas” e ainda denunciou a falta de investimento nos três hospitais que o integram, as unidades das Caldas da Rainha, Torres Vedras e Peniche, que contêm “equipamentos obsoletos”.

“Há necessidade de equipamentos novos”, frisou Vítor Dinis, lembrando que os problemas na área da saúde também se estendem aos cuidados primários, nomeadamente às Unidades de Saúde Familiar.

De acordo com o porta-voz, “muitos dos centros de saúde do Oeste estão fechados ou, se não estão fechados, têm lá apenas uma pessoa a dizer que não há médicos”. “Era importante que os mesmos funcionassem em condições”, expressou Vítor Dinis, indicando que ainda existem médicos que se recusam a passar exames elementares para não atingirem o plafond que lhes permite ter um prémio máximo dado pelo Ministério da Saúde.

A par dos problemas, a comissão aproveitou a reunião para desafiar os deputados da Comissão de Saúde a “solicitar ao Governo que ordene uma fiscalização às entidades empregadoras” às quais os hospitais do Oeste requisitam profissionais de saúde, visto que estas “têm contribuído para aumentar as dificuldades para que os hospitais consigam contratar médicos”.

Para o porta-voz da comissão, “estas empresas controlam os médicos-tarefeiros, entrando em jogos de interesses entre o setor público e o setor privado da saúde, usando-os como mercadoria, o que configura uma primária e inquestionável fonte de conflitos laborais, mal-estar no local de trabalho, injustiças salariais, com as inevitáveis consequências para um bom atendimento aos doentes que, assim, são tratados por médicos desmotivados, bem como os conflitos interpares, ao nível local e administrativo”. Desafiou igualmente os grupos parlamentares a deslocarem-se até ao Oeste para ver como está a saúde, enquanto não se avança com a localização e o perfil assistencial que deverá ser anunciado até ao final do primeiro trimestre deste ano. “Independentemente da construção de um novo hospital é preciso avançar com medidas para acautelar soluções para a saúde no Oeste durante esse tempo”, frisou Vítor Dinis, que também solicitou à coordenadora do grupo de trabalho, Susana Correia, que levasse o assunto até ao presidente da Assembleia da República, para que o mesmo fosse discutido em plenário.

Para além disso, a Comissão de Utentes vai reforçar os pedidos de respostas por parte do Governo e do presidente da República, Marcelo Rebelo Sousa, ao memorando enviado.

“Os cuidados nos três hospitais deixam muito a desejar”

Ciente das “dificuldades” vividas no Oeste, mas também no país ao nível da saúde está a deputada caldense socialista Sara Velez, que manifestou “esperança” de que algumas das medidas tomadas pelo Governo possam “de alguma forma mitigar os problemas”. Dentro das medidas destacou a contratação de novos médicos, o novo estatuto de Serviço Nacional de Saúde, que “cria um regime de dedicação plena de profissionais”, a implementação plena da direção executiva do SNS, que tem como objetivo “trazer maior racionalidade naquela que é alocação de médicos”, e ainda a passagem de Unidades de saúde Familiar para o modelo B.

Em relação do CHO, a deputada destacou alguns dos investimentos que têm vindo a ser feitos, como a ampliação e requalificação do Serviço de Urgências, mas também ao nível da urgência pediátrica e investimentos em edifícios, como a ala de cardiologia, obras de requalificação da unidade de Peniche e outras obras que estão em curso em Torres Vedras. “Todos estes investimentos são essenciais e é consensual entre todos aquela que é a necessidade de ter um novo hospital no Oeste”, referiu Sara Velez.

De qualquer forma, a deputada assegurou que os socialistas “não deixaram de acompanhar essas preocupações” e que vão continuar a luta “pela concretização da Unidade de Cuidados Continuados, pela reabilitação do Serviço de Urgência em Peniche, remodelação da pediatria em Torres Vedras, a requalificação do Serviço de Neonatologia e Obstetrícia da unidade das Caldas da Rainha”.

Hugo Oliveira, do PSD, falou das “várias dificuldades” e dos “cuidados que nestes três hospitais deixam muito a desejar, precisando assim de uma intervenção imediata”.

Para o social-democrata, “o novo Hospital do Oeste é de facto uma necessidade”, mas “até que este seja uma realidade, é preciso garantir que haja investimento nas três unidades, para que não tenhamos pessoas a fugirem do Oeste”. Nesse sentido, Hugo Oliveira aguarda que o grupo de trabalho possa apresentar “alguma solução para que até ao final do primeiro trimestre haja uma localização para a construção do novo Hospital”.

Em relação aos centros de saúde, o deputado espera que o Governo tenha “coragem para avançar rapidamente com o modelo B”.

As preocupações apresentadas pela Comissão de Utentes também foram reconhecidas pelo deputado do Chega, Pedro Frazão, que considerou que existe a necessidade de haver melhores cuidados de saúde no Oeste, onde “existem várias unidades de turismo de excelência e muitos imigrantes ligados à agricultura”.

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