O Ministério da Saúde constituiu um grupo de trabalho para proceder a uma análise técnica com vista à decisão sobre a localização do futuro Hospital do Oeste e respetivo perfil funcional, bem como a calendarização, o modo de operacionalização e de financiamento da sua construção, desde a fase da preparação e lançamento de concurso até à edificação e equipamento do novo Hospital.
O grupo de trabalho será composto por Ana Jorge, médica pediatra e antiga ministra da saúde, que coordenará, por Marta Ferreira, em representação do Gabinete do Secretário de Estado da Saúde, e por Rita Moreira, em representação da Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde.
Integram ainda o grupo de trabalho, Sofia Coutinho, em representação da Administração Central do Sistema de Saúde, Laura Silveira, em representação da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, Hélder de Almeida, em representação do Centro Hospitalar do Oeste (CHO), e Paulo Simões, em representação da Comunidade Intermunicipal do Oeste (Oeste CIM).
Os elementos do grupo de trabalho deverão promover uma análise complementar e multidisciplinar da informação e dos dados existentes, nomeadamente do estudo técnico solicitado pela Oeste CIM à Nova IMS – Nova Information Management School, cujos resultados foram apresentados em 21 de novembro de 2022.
Deverá ser apresentada uma proposta integrada até ao dia 31 de março deste ano, extinguindo-se o grupo de trabalho após esta apresentação.
O grupo pode proceder à consulta ou participação e audição de outras entidades, públicas e privadas, bem como de personalidades de reconhecido mérito, cujo contributo seja considerado relevante para a prossecução dos trabalhos.
Segundo o Ministério da Saúde, “os desafios reconhecidos na resposta assistencial hospitalar à população, a dispersão de cuidados por três instituições hospitalares [Caldas da Rainha, Peniche e Torres Vedras], a distância geográfica que separa as diferentes unidades, os limites de reconversão de parte das atuais instalações e a reduzida capacidade de atração e gestão de recursos humanos tornam evidente a necessidade de construção de uma nova infraestrutura hospitalar que permita oferecer à população do Oeste e visitantes qualidade e segurança assistencial adequadas às novas e crescentes necessidades em saúde”.
O futuro Hospital do Oeste “permitirá potenciar a modernização e utilização de recursos, garantindo igualmente uma resposta articulada entre diferentes valências, o que contribuirá de uma forma decisiva para a melhoria dos cuidados de saúde assegurados pelo Serviço Nacional de Saúde nesta região do país”.
O CHO tem como área de influência os concelhos de Caldas da Rainha, Óbidos, Peniche, Bombarral, Torres Vedras, Cadaval e Lourinhã e parte dos concelhos de Alcobaça (freguesias de Alfeizerão, Benedita e São Martinho do Porto) e de Mafra (com exceção das freguesias de Malveira, Milharado, Santo Estevão das Galés e Venda do Pinheiro), num total de cerca de 300 mil habitantes.
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