O presidente da Câmara quer um maior envolvimento de todas as forças políticas e vivas do concelho (empresários, coletividades, associações, instituições, clubes e cidadãos) na luta para que o novo Hospital do Oeste seja construído nas Caldas da Rainha.
Recorde-se que o ministro da Saúde disse publicamente que até março de 2023 vai tomar uma decisão sobre a localização.
Numa das decisões mais importantes para o desenvolvimento territorial das Caldas, Vitor Marques disse que não acredita que a decisão possa já estar tomada e que “não haja razoabilidade, critérios objetivos para termos uma decisão diferente daquela que foi o estudo, e não pondo em causa o mesmo”.
“Acredito que todos nos possamos unir de uma forma reivindicativa, mas positiva, para mostrar as razões pelas quais não concordamos. Não por sermos egocêntricos nem egoístas em ter um hospital só para nós, até porque entendemos que o hospital tem de estar integrado na rede nacional hospitalar”, afirmou.
Destacou as “acessibilidades rodoviárias e ferroviárias, em que a localização das Caldas é a melhor com um terreno plano, sem problemas de linhas de água”.
O autarca disse ainda que “pusemos 400 mil euros à disposição do hospital há três anos e ainda não se serviu e está guardado. Não podemos gastar 4 ou 5 milhões, não nos podemos endividar, se for o caso, para ter o novo hospital”, vincou.
Vitor Marques revelou que contará em janeiro de 2023 com um conjunto de “dinâmicas que envolva todos, como trabalho interno, conferências, posições de rua, se assim for necessário, para mostrar que somos um povo muito convicto daquilo que queremos para o país e em particular para as Caldas”.
O autarca respondeu assim depois do antigo presidente da Câmara, Fernando Costa, ter manifestado a sua “revolta” das Caldas estar na iminência de perder o hospital e não ver “ninguém a agarrar esta causa”.
“Perante a maior tragédia para as Caldas da Rainha, do ponto de vista económico, social e histórico”, o ex-autarca criticou os membros da AM pelo seu silêncio “à espera que a espada caia em cima das Caldas”.
Recordou antigas lutas como a da Comissão Contra as Portagens, que conseguiu a isenção de pagamento no troço Caldas-Óbidos-Bombarral, salientando que podem contar com ele “para estar na linha da frente para defender o concelho”.
Fernando Costa, convencido que “já perdemos o novo hospital”, referiu que sai “com lágrimas nos olhos porque a informação que tenho é que vamos perder o Hospital para a zona de Torres Vedras”.
O socialista Jaime Neto declarou que o erro “foi nós termos aceitado fazer um estudo regional para uma questão que é nacional”. “É o hospital da rede nacional hospitalar e tem que ficar localizado num sítio onde seja um nó importante diferenciado da rede nacional hospitalar”, salientou, acrescentando que “se marcarmos pontos num mapa com os hospitais públicos e privados vemos que há um grande buraco na rede nas Caldas da Rainha”.
Considerou que tem havido “falta de empenho e indignação perante esta questão, que é levada por lobbies mais ligados aos municípios do sul” e defendeu “mais reivindicação e mobilização da população” e que o presente da Câmara deve “liderar esta ideia”.
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