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Acórdãos e Eleições da Confraria…

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Neste mês de novembro, a Mesa Administrativa, a Assembleia Geral e o Conselho Fiscal da Santa Casa da Misericórdia da Vila de Óbidos, publicaram mais um relevante tomo acerca da sua rica e respeitada história, o “Acórdãos e Eleições da Confraria e Santa Casa da Misericórdia da Vila de Óbidos (volumes XIV-XVI: 1914-1922)”.

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Neste mês de novembro, a Mesa Administrativa, a Assembleia Geral e o Conselho Fiscal da Santa Casa da Misericórdia da Vila de Óbidos, publicaram mais um relevante tomo acerca da sua rica e respeitada história, o “Acórdãos e Eleições da Confraria e Santa Casa da Misericórdia da Vila de Óbidos (volumes XIV-XVI: 1914-1922)”.

O historiador Ricardo Pereira continua, assim, com o seu dedicado e extenuante trabalho de recolha e tratamento da preciosa documentação – cujos originais estão acautelados com zelo e distinção no Arquivo Histórico daquela Casa – que engrandece a biografia dessa Instituição que é um dos alicerces, senão o maior, do concelho de Óbidos. O património que tem sido publicado vem avivar a história da região onde o mesmo está inserido, além de enriquecer a reminiscência coletiva que o construiu (e constrói, dia após dia).

A cronografia revela-nos que, a partir do século XVIII, ocorre uma acentuada explosão demográfica, associando-se a esta um avolumar de escritores e historiógrafos preocupados com a salvaguarda da memória. Esta, analisada pelo campo semiótico, com caráter espacial e visual, e “abraçada” pela inquietação do desenvolvimento científico e tecnológico transforma o simples apontamento num registo de proporções inimagináveis, capaz de recontar o passado, com toda a autenticidade possível. 

Portanto, o que a Santa Casa da Misericórdia da Vila de Óbidos vem fazendo não é, apenas, “publicar livros velhos”, é, isso sim, editar conhecimento, divulgar narrativas genuínas e enobrecer territórios (o local e o nacional).

Esse exercício de revitalização das origens do património cultural e do acervo arquivístico da Santa Casa da Misericórdia de Óbidos é uma consequência do que de melhor se vem fazendo em âmbito internacional, principalmente a partir da Carta de Veneza (1964), da Convenção para a Proteção do Património Cultural e Natural (1972) e da Carta Europeia do Património Arquitetónico (1975), documentos que “obrigaram” as comunidades a terem uma noção da importância da salvaguarda da preservação documental de uma instituição e/ou região (pactos seguramente desconhecidos pelos atuais vereadores da cultura do distrito de Leiria, para desgraça dos seus concelhos).

Com a criação, no ano de 1979, do “Comitê do Patrimônio Mundial”, o “bem Patrimonial” e o “bem cultural” passaram a possuir um plano de referência, sendo alvos de estudos detalhados e prolongados, visando a sua proteção. Porém, é de notar que, em Portugal, foi D. João V (1689-1750) que determinou, através de alvará régio datado de agosto de 1721, outorgar à Academia Real da História Portuguesa Eclesiástica e Secular a medida para se preservarem os monumentos, “que podem servir para ilustrar, e certificar a verdade da mesma história.”; no seguimento, foi Alexandre Herculano (1810-1877) que, ao publicar no ano de 1838 o seu “Monumentos Pátrios”, dá o mote para o início da salvaguarda do património cultural do país; rubrica que, por fim, foi desenvolvida por Júlio Dantas (1876-1962), em 1939 e inserida numa serie de estudos, discursos e ações, onde surge o apelo para o resguardo da História Regional, da História de Portugal e da História Universal.

O processo de construção social e histórica de um concelho é feito de cisões e encadeamentos de linhagens familiares e institucionais, contudo, é na atual ideia de preservação e fruição do património que a Santa Casa da Misericórdia de Óbidos vem perpetuando não apenas a sua trajetória, mas a de um país que se quer grande. Todos os envolvidos estão de parabéns! A visão de futuro que possuem vem ao encontro das quimeras que os respeitáveis obidenses do passado ofereceram a um município que, por si só, merece toda a nossa atenção e amor!

Não há, no distrito de Leiria, um trabalho como este, pois as instituições (e as Câmaras Municipais) não estão interessadas em projetos que não lhes dê, no imediato, o destaque e a falastrice tão comuns, existentes nas mentalidades pequeno-burguesas da pobre política que se pratica.

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