“A construção da educação é feita em comunidade e trabalhar em comunidade é precisar de todos”. Foi desta forma que Margarida Reis, vereadora com o pelouro da educação, falou da abertura do Espaço MyMachine Portugal, a funcionar desde o passado dia 11 na Casa do Centro (antiga biblioteca municipal), em Óbidos.
Segundo a autarca, “este projeto tem sido trabalhado nas escolas, no primeiro ano e, depois, já não há mais contacto [com o MyMachine] por parte dos alunos”. Contudo, para Margarida Reis, “este projeto é muito bom para ficar apenas pelo primeiro ano” e, por isso, “este espaço serve para abrir o projeto à comunidade”. “Vamos tentar oferecer alguns programas para alunos de vários pontos do país”, sendo também “um espaço que está a ser preparado para os nossos idosos”, concluiu.
Ana Sofia Godinho, coordenadora nacional do MyMachine Portugal, explicou que “o bonito deste projeto é a comunicação entre todos, entre crianças, alunos das escolas técnicas e alunos das universidades”. O MyMachine Portugal está presente, neste momento, em três municípios portugueses, nomeadamente Óbidos, Vila Nova de Famalicão e Campo Maior, mas “já há outras regiões que falaram connosco”, revelou.
Em Óbidos, o projeto reúne o Município, o Agrupamento de Escolas Josefa de Óbidos, o Parque Tecnológico de Óbidos, a Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha, do Instituto Politécnico de Leiria, o CENFIM – núcleo das Caldas da Rainha e o Centro de Educação Especial Rainha D. Leonor, das Caldas da Rainha. Foi ainda celebrado um novo protocolo com o Agrupamento de Escolas Rafael Bordalo Pinheiro, das Caldas da Rainha.
O Projeto MyMachine surgiu em Kortrijk (Bélgica), através da Universidade de Howest. A ideia base dos fundadores do projeto é simples: trabalhar a criatividade e a inovação na educação, capacitando os alunos com competências para intervirem no contexto onde se inserem, pensar o território, definir claramente um problema ou necessidade que identifiquem e depois dar-lhes ferramentas para que possam resolver.
É um projeto singular porque envolve alunos desde o ensino básico ao ensino universitário, permitindo que as crianças concretizem as suas ideias através da construção das suas “máquinas”. Estas são pensadas na fase da “ideia” para resolverem problemas do mundo, recorrendo à criatividade das crianças e à sua forma simples de encarar o mundo, juntando-lhe depois o conhecimento e a capacidade tecnológica de instituições de ensino superior e empresas de base tecnológica.
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