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Ermida de N. S. do Monserrate

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Também conhecido como Igreja da Ordem Terceira de São Francisco, este templo renascentista, maneirista e barroco, situado extramuros na vila de Óbidos, é mais um dos monumentos de destaque do citado concelho.

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Também conhecido como Igreja da Ordem Terceira de São Francisco, este templo renascentista, maneirista e barroco, situado extramuros na vila de Óbidos, é mais um dos monumentos de destaque do citado concelho.

Consta que a primitiva construção, dedicada a Nossa Senhora do Monserrate, foi erguida por volta do ano 1300, pertencendo à família Sanhudo (período da estruturação do zimbório), uma linhagem que deixou, com o passar das décadas, uma profusão de marcas históricas. Inclusive, as suas armas heráldicas estão no Livro Antigo dos Reis de Armas, sendo um leão o seu timbre. Com um detalhado estudo heráldico, é possível confirmar o seu valor histórico-nobiliário.

Por volta do ano de 1400, o templo foi emprestado à Ordem Terceira de São Francisco. Em 1529, o padre Luís Franco (?-1599) mandou construir a nave e executou uma remodelação, às suas expensas, no restante do traçado.

Esse sacerdote, aquando do seu falecimento, foi sepultado junto ao altar, como consta da seguinte dística: “Aqui jaz o padre Luís Franco, Beneficiado na Igreja de São João do Mocharro. Faleceu do mal da peste aos IX de março de 1599. Mandou reedificar esta igreja à sua custa”.

Entre os anos de 1599 e 1600, o eminente artista Belchior de Matos (1595-1628) pintou o retábulo, já a talha pertence a Manuel das Neves (Séc. XVII). “Consiste num nicho central com a imagem de vulto seiscentista de Nª Srª de Monserrate ladeado por colunas estriadas de capitéis jónicos e frontão lavrado com alhetas e volutas. As pinturas representam São João em Patmos; Francisco de Assis, Santa Clara, Santo António, dois anjos e São Jerónimo. – O tecto da sacristia tem pintados: o Sol, a Lua, rosas, lírios e uma estrela.”

No século XVII, são adicionados a torre sineira e o anexo localizado atrás desta, sendo, também, providenciado o azulejamento da nave e da capela-mor. No ano de 1731, com a obliteração da família Sanhudo, os seus parentes próximos, o Capitão-mor da Vila de Óbidos António Pegado de Resende (?-?) e a sua mulher, a Sra. D. Úrsula Gerarda de Videira e Brito (1685-?), efetuam a doação da Ermida à Ordem Terceira de São Francisco. Catorze anos depois (1745) ocorrem obras de fundo, entre elas, o aumento da nave, a construção da torre sineira, o indumento azulejar na parte nova da nave, da cabeceira e do subcoro e a configuração do frontispício. Todos estes eventos estiveram, provavelmente, a cargo do arquiteto da Mitra Patriarcal, capitão e Cavaleiro professo da Ordem de Cristo, Rodrigo Franco (1709?-1763).

No dia 1 de novembro de 1755, entre as 9:30 e as 9:40 horas, Lisboa foi abalada por um violento sismo, que se fez notar em diversos pontos do país, como foi o caso de Óbidos. Neste concelho, entre outros estragos, conta-se a derrocada da Igreja de Santiago. Devido a esse infausto acontecimento a Colegiada de Santiago passa a funcionar na Ermida de Nossa Senhora do Monserrate (onde se manteve até 1772).

É de louvar o bom estado em que se encontra o interior deste templo, porém, urge a recuperação do seu exterior, bem como de todo o seu entorno.

A vila de Óbidos, berço natal do meu pai, dos meus avós, bisavós, trisavós, etc. paternos, é uma das mais graciosas regiões da Europa, um sítio nostálgico, que evoca as nossas mais íntimas realidades, os nossos mais díspares pensamentos, pois cada pedra transporta em si, desde tempos imemoriais, a influência da gesta mais encantadora, quando os pássaros, em bandos extraordinariamente grandes, rompiam, com o seu canto, a vozearia das multidões e com o bater das suas asas azoinavam o farfalhar das extensas zonas verdes que dominavam quase todo o ambiente.

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