Escaparate
As eleições no PS/Caldas ficaram marcadas pela vitória da lista que apresentou propostas concretas e não andou “de porta em porta” a difamar os adversários. Agora, vem a parte prática: colocar a casa em ordem, trabalhar (desde já, espero que “não se esqueçam”) para organizar a campanha das próximas Autárquicas e para aumentar o número de militantes.
Há alguns nomes fortes para possíveis candidatos à presidência da Câmara, à liderança da Assembleia Municipal e às duas freguesias urbanas, porém, para levar a bom caminho as pretensões de todos os socialistas é necessário que os novos dirigentes assumam a força do partido a nível nacional e mostrem aos caldenses que o PS/Caldas é a grande opção para 2025.
Já o PSD exibe um apagamento curioso. Não compreendo o motivo que leva essa força política a não exercer a sua oposição no atual mandato. Será que está a usar o velho truque do “deixar esticar a corda”? Este silêncio será uma artimanha para permitir que o atual executivo “se espalhe, ainda mais, ao comprido”? Diria que está a resultar, pois o que se vê no dia a dia é de arrasar fígados. E isso no primeiro ano de mandato. Serão duros os próximos três.
Falando acerca do vigente executivo: o mesmo vem apresentando uma série de disposições desconexas, se apreciarmos apenas o que se passa no plano cultural, sendo incapaz de efetuar uma análise dos encadeamentos mais abrangentes onde se movimenta. Só a título de exemplo, encontramos um profundo descaso para com os museus, a biblioteca municipal, o Centro da Juventude, o Centro Cultural e de Congressos (CCC), etc. Não há investimento em nenhum setor artístico, o que nos leva a concluir que a senhora vereadora não sabe o que está a fazer, não possuindo, portanto, competência para a pasta. Um erro de escolha por parte do atual presidente da Câmara. É o que dá querermos colocar os amigalhaços no poder.
Sobre a atual situação política das Caldas da Rainha, Nicolau Maquiavel (1469-1527) aponta-nos: “Todos os Estados bem governados e todos os príncipes inteligentes tiveram cuidado de não reduzir a nobreza ao desespero, nem o povo ao descontentamento”. O que se vê, justamente, é a angústia latente da classe média e o desagrado da maioria da população, ambas possuidoras da certeza de terem sido enganadas.
Quem pagará a fatura do descalabro social e cultural que se vê nas Caldas da Rainha (curiosamente, pastas sob responsabilidade da mesma vereadora)? O concelho está apenas a praticar política de mercado, a maioria das propostas executadas não beneficiam a população. É notória a incapacidade política na gestão da autarquia. A ganância desmedida pelo poder impede-os de olhar mais longe, coibindo de servir, verdadeiramente, o concelho, mais do que se servem a si próprios.
O PS/Caldas, pelo que se vê, possui uma avenida aberta diante de si. E se concretizar o que se espera, certamente é o que melhor posicionado está para vencer, porém, é necessário trabalhar, aproximar-se do eleitor, abrir a sede social a toda a comunidade, buscar mais militância e, se preciso for, gritar a plenos pulmões que está preparado para ser líder. Porém, é imperativo deixar a democracia falar mais alto, escolhendo através de eleições internas, com votos de toda a militância, esses novos candidatos, e que sejam reconhecidos pelos eleitores como os mais capazes para a Câmara, para a Assembleia Municipal e para todas as freguesias.
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