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Festa das Adiafas é um importante veículo de promoção dos vinhos leves do Cadaval

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José Bernardo Nunes, presidente da Câmara Municipal do Cadaval, em entrevista ao JORNAL DAS CALDAS, tem grandes expetativas em relação à Festa das Adiafas e XIX Festival Nacional de Vinho Leve no Cadaval. O autarca falou da preocupação com a subida dos custos de produção do vinho, que se irá refletir nos consumidores.
José Bernardo Nunes, presidente da Câmara Municipal do Cadaval

José Bernardo Nunes, presidente da Câmara Municipal do Cadaval, em entrevista ao JORNAL DAS CALDAS, tem grandes expetativas em relação à Festa das Adiafas e XIX Festival Nacional de Vinho Leve no Cadaval. O autarca falou da preocupação com a subida dos custos de produção do vinho, que se irá refletir nos consumidores.

Após dois anos de interrupção devido à pandemia, volta a realizar-se o certame “Festa das Adiafas e Festival Nacional do Vinho Leve”, que vai reunir, na vila do Cadaval, gastronomia, exposições, espetáculos e atividades equestres.

A decorrer de 15 a 23 de outubro, juntam-se diversos workshops acerca do setor produtivo, bem como o anual Concurso de Vinhos Leves de Lisboa.

A inauguração oficial do certame está marcada para as 16 horas de 15 de outubro, cerimónia que marcará a abertura de nove dias de animação diversificada no Cadaval.

O presidente da Câmara Municipal do Cadaval manifestou ao JORNAL DAS CALDAS que “há muito boas razões para vir ao Cadaval participar neste festejo que comemora o final das vindimas e do processo do fim da colheita da fruta”.

O autarca destacou a animação musical, que conta com José Cid, Fernando Pereira, Banda Bico d’Obra, Banda Rédea Curta, Orquestra Monte Olivett, Banda Xeques Orquestra, David Antunes and The Midnight Band, DJ The Mixline e Banda Fora de Série. Haverá ainda o espetáculo musical e revisteiro pelo Grupo Gente Gira.

“Fonte de receita para as coletividades”

O presidente da autarquia referiu que vão estar presentes doze associações e a Fábrica da Igreja Paroquial da Freguesia de Nossa Senhora da Conceição do Cadaval, a servir comes e bebes à população, o que “acaba por ser uma fonte de receita muito importante para essas associações poderem sobreviver durante o ano e pagar as despesas”. As dificuldades financeiras das associações e coletividades devido ao cancelamento das suas atividades durante a pandemia de Covid-19 foram relatadas pelo autarca, que salientou a sua “resiliência e força de voltar a encher o pavilhão e com os voluntários a mostrarem o que fazem”. 

José Bernardo Nunes fez um balanço positivo da retoma, onde as pessoas começaram a “sentir segurança para voltar a sair de casa e as festas de verão no Cadaval correram muito bem, com muita afluência”, considerando que a população está até um pouco sequiosa de poder participar em eventos”.

O primeiro dia da Festa das Adiafas terá a presença do programa da RTP “Aqui Portugal”. “Prevê-se que seja uma forte divulgação do evento, é mais uma aposta na promoção a par dos anúncios que fazemos em jornais, rádios, revistas e outdoors”, indicou o autarca.

Relativamente à eleição da Miss Adiafas 2022, que acontecerá no último dia do certame, contará com apresentação de José Figueiras e Sara Pinto. “Além da beleza e do traje das jovens promove-se também o conhecimento sobre a cultura da vinha, daí estar relacionado com as Adiafas”, sublinhou o presidente da Câmara.

Os pilares da Festa das Adiafas continuam a assentar na fruticultura e vitivinicultura, atividades particularmente representadas pela Pera Rocha do Oeste e pelo Vinho Leve da Região de Lisboa. Isto porque o Cadaval é o principal produtor e exportador de Pera Rocha do Oeste, destacando-se também como principal produtor desse vinho de caraterísticas peculiares – o Vinho Leve.

“Há uma procura por vinhos mais frescos e mais leves”

Quanto ao Festival do Vinho Leve, o presidente destacou a adesão das adegas. “O vinho leve sabemos que é um produto específico da região de Lisboa e o Tejo e tem um peso significativo no concelho do Cadaval e há dezanove anos que se começaram a fazer as Adiafas, que promovem os principais produtos do Cadaval, que são a fruta e o vinho”, contou.

O autarca falou da preocupação com a subida dos custos de produção do vinho, que se irá refletir nos consumidores.

Disse que esperam uma quebra na produção devido às alterações climatéricas, mas que o vinho será de qualidade. Neste momento, não consegue quantificar essa quebra porque ainda não foi calculada a diminuição da produção de vinho deste ano, embora admita que poderá ser “entre 15 a 20% menos” face ao ano anterior.

“A vindima é muito importante para o Cadaval e haverá todas as condições para que as uvas este ano produzam bons vinhos em qualidade, porque esta é uma região que exporta cerca de 80% da produção e como tal é primordial manter o atributo do produto para conseguir manter os mercados”.

O autarca considerou que os vinhos leves são um produto que tem todas as “condições para aumentar a produção”, porque cresce a procura uma vez que tem um “teor alcoólico mais baixo”. “Há uma procura por produtos com mais harmonia, mais frescos, e mais leves, mas também existem os desafios climáticos”, adiantou o presidente.

Segundo este responsável, todas as “culturas são afetadas pela seca, mas a vinha provavelmente será das culturas que se cultivam aqui na região que menos sofrem com a falta de água”. “A seca sente-se mais no cultivo da fruta do que na produção da vinha porque é uma cultura que na nossa região não tem tradição de ser regada, exatamente porque as humidades dos orvalhos que existem permitem que as videiras consigam criar as uvas”, explicou.

Agora o que vai acontecer no futuro com a falta de água é, segundo o presidente, um problema que vai ter que ser “analisado por todas as entidades e a juntar aos elevados custos de produção o aumento da energia que vem para ficar”. “Certamente que vamos voltar às culturas tradicionais que têm menos consumo de água”, apontou, acrescentando que tem que haver um equilíbrio entre “qual a quantidade de produção que se quer tirar por hectare e a que preço que se quer colocar o produto ao consumidor”.

José Bernardo Nunes defendeu medidas para atenuar na “espiral inflacionista”. “Era impensável há um ano saber que se iria fechar um ano com uma inflação prevista de 7,4% com um aumento muito grande nos bens essenciais”, referiu.

Face a este cenário, o presidente da autarquia, disse que tem que haver medidas, nomeadamente no que diz respeito à contenção de preços da energia, apoio às empresas e famílias, apoio à agricultura e aceleração da transição energética.

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