No passado sábado, dia 24 de setembro, decorreu a apresentação da candidatura da equipa liderada por Alberto Gonçalves às eleições para a concelhia das Caldas do Partido Socialista. O projeto apresentado, subordinado ao lema “Terceira Via”, promete uma nova dinâmica partidária, que rompe com métodos e formas de dirigir o partido até agora seguidos, que permitam ao PS liderar Caldas da Rainha”.
Na sessão de apresentação da candidatura que decorreu na sede do PS, o líder disse que é “um projeto de profunda reorganização interna dado os fraquíssimos resultados nas últimas eleições autárquicas e que tem como objetivo primordial devolver aos militantes o papel ativo que sempre deveriam ter tido em toda a vida partidária”.
As eleições para a comissão política estão marcadas para o próximo dia 7 de outubro, assumindo-se esta candidatura como a “mudança imprescindível e o fator de união que o partido socialista das Caldas da Rainha necessita”.
Alberto Gonçalves salientou que é preciso “estimular e envolver os militantes constantemente na discussão do PS, respeitando sempre a salutar diversidade de opiniões, usando-a sempre como mola impulsionadora para uma efetiva união de todos os militantes”.
“União de todos os militantes”
“É por isso, nossa profunda convicção que a verdadeira e possível união de todos os militantes se concretizará à volta de um projeto reorganizativo que alcance e abrace todos os militantes, sem exceção”, afirmou.
O projeto que apresentaram tem três eixos estruturantes. O primeiro prende-se com reorganizar a dinâmica da Comissão Política Concelhia e do Secretariado Concelhio e incentivar a criação de secções de residência.
A equipa liderada por Alberto Gonçalves pretende com esta reorganização “alterar e formas de trabalho dos órgãos eleitos, caraterizados anteriormente por estarem quase que hermeticamente fechados em si próprios”.
A comissão política concelhia, órgão deliberativo conforme os estatutos, “deve ser o principal impulsionador das dinâmicas interna e externa”.
A interna junto dos militantes e simpatizantes deve segundo, o líder da candidatura “envolvê-los no trabalho partidário e junto de todos os eleitos nos vários órgãos municipais e das freguesias”.
A externa, pretende dar a conhecer aos munícipes as propostas que “temos para a evolução do concelho”. “Esse dar a conhecer deve ser constante ao logo dos quatro anos que separa cada ciclo eleitoral municipal e não apenas através dos programas aquando das eleições”, relatou, acrescentando que “para esse efeito promoveremos a constituição de grupos de trabalho na concelhia que se debrucem sobre os grandes temas de desenvolvimento do concelho”.
Segundo, Alberto Gonçalves, o Secretariado Concelhio – órgão executivo da concelhia, deve ter a “representação de todas as listas concorrentes e não, como tem acontecido nos anteriores mandatos, em que a sua composição tem sido reservada à lista vencedora”.
As secções de residência são de acordo com o cabeça de lista da candidatura “a forma estatuária mais eficaz de descentralização e desconcentração de toda a estrutura organizativa do Partido que não tem sido estimulado”.
O segundo eixo, tem como objetivo fomentar a ampla informação e discussão internas. “A todos os militantes, que integram ou não os órgãos eleitos, ou que participem nos grupos temáticos referidos, deve ser dada a possibilidade de conhecer e acompanhar toda a atividade política realizada no e pelo o partido incentivando-os para que se pronunciem”, relatou.
Para esta equipa candidata os plenários de “militantes são o instrumento estatutário indicado para proporcionar a transmissão da informação e da discussão global conjunta de toda a matéria de interesse para a vida partidária”.
Abrir o PS à sociedade caldense
O terceiro eixo prende-se com abrir o PS à sociedade caldense.
“Para que o Partido Socialista seja reconhecido como alternativa credível ao poder autárquico caldense, tem que se abrir ao exterior, mostrando que não somos apenas o somatório de uma ou outra competente individualidade mas que em conjunto formamos um fortíssimo grupo politico com capacidade de ser alternativa”, apontou, Alberto Gonçalves.
Pretendem realizar nos próximo quatro anos, em dois mandatos concelhios e até às próximas eleições autárquicas, colóquios, encontros, seminários ou outros formatos de eventos.
“Esta é uma candidatura de união e de afirmação, sem rotura com pessoas ou outros grupos concorrentes”, esclareceu, Alberto Gonçalves revelando que por isso o mote “Ganhando a Terceira Via Ninguém Perde!”.
O JORNAL DAS CALDAS apurou que existe mais uma candidatura do PS liderada por Pedro Seixas que será apresentada publicamente a 1 de outubro.
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