Vitor Marques anunciou a recandidatura do Movimento Independente Vamos Mudar (VM) à Câmara Municipal das Caldas da Rainha nas eleições autárquicas de 2025. O presidente da Câmara falava à margem do jantar que comemorou a eleição do VM, há um ano, para a presidência da Câmara das Caldas e pôs fim à governação social-democrata de 36 anos.
“A nossa campanha vai ser o trabalho e não vamos defraudar as vossas expetativas”, afirmou o autarca, perante 200 pessoas que esgotaram o restaurante Paraíso no Coto, na passada segunda-feira.
Antes de iniciar a sua comunicação destacou o trabalho de equipa e chamou junto dele o vice-presidente, Joaquim Beato, a vereadora Conceição Henriques, e os elementos de apoio à presidência, Sara Oliveira, José Cardoso, António Vidigal e Fábio Santos.
“Cada um nas nossas funções acreditamos que podemos continuar a fazer diferente”, salientou.
Admitiu que há eleitores que se sentem desmotivados e tristes por não haver “mais resultados e atividades”, referindo que sentiram necessidade de “primeiro reestruturar os serviços municipais e desenhar a estratégia para que ela possa ser implementada”.
Revelou que “quando alguém deita abaixo” é nessa altura que se sente “mais forte”. “Nunca serei um ex-empresário, um ex-dirigente, um ex-presidente de junta, porque fez parte da minha vida, e hoje sou presidente de Câmara com o vosso voto e com a convicção de que podemos fazer diferente”, relatou.
Garantiu que ninguém vai ouvi-lo dizer que “aquele no passado fez mal” porque não foi assim que ganharam e não vão “enxovalhar aquilo que merece mais o nosso respeito, que é o Município”.
“Não tão rapidamente como previa”, acredita que é possível fazer aquilo que se propuseram fazer na campanha eleitoral.
Promete contenção na despesa enaltecendo o trabalho de todos os colaboradores da autarquia. “Somos 800 pessoas, e seja o varredor de rua, seja o quadro mais alto, todos dão o seu contributo e é desta forma que nos revemos”, referiu. Tem como lema a “transparência” e quer “consolidar o chão para saber onde vamos pisar”.
Salientou que também é preciso ter a coragem em alguns momentos, dando o exemplo de “suspender o World Press Cartoon, que estava desajustado daquilo que era o investimento do município”, acrescentando que vão ter outro evento na área.
Falou da educação, onde têm mais pessoas a trabalhar porque têm uma área educativa “significativa com as competências passadas para o município”. Revelou que há muito “trabalho a fazer na manutenção dos equipamentos”.
Quanto ao embelezamento dos jardins públicos e as ervas daninhas, garante que o trabalho “está a ser feito”.
Referiu que a resposta aos munícipes do serviço de urbanismo é “muito lenta” e que estão a “criar condições com um conjunto de ferramentas à disposição dos funcionários que possam ser mais competentes e rápidos na sua função”. Mas para isto funcionar é preciso o PDM-Plano Diretor Municipal, que tem vinte anos e há dez anos está para ser revisto, e o Plano Pormenor do Centro Histórico que também estava a uma série de anos para ser apresentado”.
O autarca informou que no dia 25 de outubro vão ter a primeira reunião consultiva com as “entidades do PDM” e que o Plano do Centro Histórico está à espera de ser publicado. Estão também a elaborar um conjunto de regulamentos na base do urbanismo.
Vitor Marques destacou ainda a reabertura do termalismo, que “vai desenvolver o turismo do concelho”.
“Criámos condições novas no desenvolvimento humano, um espaço com outras condições e estamos em concurso para mais duas psicólogas para dotar esta unidade”, adiantou.
O deputado municipal pelo Vamos Mudar, António Curado, admitiu que já estava com saudades da campanha eleitoral que fizeram no passado ano. “Entre março e setembro, fizemos arruadas, caminhadas, entregámos panfletos”, recordando que ficou “a conhecer melhor o concelho”.
Disse que o movimento independente foi “criado em seis meses e a partir da cidadania pela força e de quem representa a verdadeira cidadania e proximidade às pessoas, Vitor Marques”.
António Curado considerou que está a ser feito “um bom trabalho” pelo VM, referindo que é “impossível haver unanimidade em algumas áreas, como na ocupação do Parque, da Praça da Fruta, iluminação de natal, entre outras”.
Apesar das dificuldades, acredita que a equipa de Vitor Marques “conseguirá levar a água ao moinho e fazer soprar as velas do desenvolvimento do concelho”.
“Associação VM pretende manter vivo o espírito conquistado há um ano”
Maria de Jesus Fernandes, primeira presidente da associação VM, que foi criada a 8 de abril deste ano, disse que a mesma tem “como objetivo manter vivo este espírito e aquilo que conseguimos conquistar há um ano”.
Apontou ainda que a associação pretende funcionar como um “grupo de reflexão de cidadãos que ouça a sociedade civil e que seja um espaço de partilha e reflexão e que no fundo ajude e crie a base e suporte às decisões dos eleitos”.
Defendeu que muita coisa mudou no dia 26 de setembro de 2021 e “aquilo que me parece que mais mudou é que hoje se respira melhor em Caldas da Rainha, temos menos receio, o ar ficou mais leve”.
Destacou a humildade democrática de todos os eleitos do VM, referindo que “aqui não há mesa de presidência e o Vitor é o melhor exemplo disso”.
Deixou saliente a coesão da “equipa coordenada pelo presidente da Câmara, que tem sido inequívoca”.
A responsável sublinhou o trabalho do VM na organização administrativa da Câmara Municipal em que “durante este ano houve valorização de recursos humanos e a distinção de técnicos superiores”. Considerou “inadmissível que numa cidade como as Caldas serviços inteiros não tivessem um técnico superior”.
Referiu ainda que o executivo tem estado a “arrumar a casa, o que tem sido feito com muita dedicação e muitas horas de trabalho”.
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