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Ala sul do Hospital Termal reabre com tratamentos terapêuticos e de bem-estar

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A ala sul do Hospital Termal das Caldas da Rainha, um dos mais antigos do mundo, reabriu ao público com tratamentos terapêuticos, indicados para várias patologias, e diferentes programas de spa e bem-estar.
Cerimónia inaugural da ala sul do Hospital Termal das Caldas da Rainha

A ala sul do Hospital Termal das Caldas da Rainha, um dos mais antigos do mundo, reabriu ao público com tratamentos terapêuticos, indicados para várias patologias, e diferentes programas de spa e bem-estar.

Com marcação prévia, as consultas, tratamentos e rituais de bem-estar estarão a funcionar em pleno a partir de 26 de setembro.

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Hidromassagem

A inauguração decorreu no dia 20 de setembro, após uma intervenção profunda das infraestruturas e equipamentos, contemplando banheiras de hidromassagem, duches vichy, de jato e circular e também equipamentos de vapor, para realização de tratamentos clínicos músculo-esqueléticos, bem-estar e massagens, que assim complementam a oferta das termas caldenses.

Existem doze salas de tratamento (onze com água termal e uma de técnicas de massagens). 

A cerimónia inaugural foi assinalada com uma visita à ala, situada no 1.º piso do Hospital Termal e também pela inauguração da exposição coletiva “Cintilações e Reflexos – Água”, composta por obras de artistas cujo percurso académico passou pela Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha.

Samuel Rama, pro presidente do Politécnico de Leiria, fez uma apresentação da mostra, que ficará patente no Hospital Termal até 30 de novembro.

Mais de 500 mil euros na requalificação

As obras de requalificação tiveram, segundo, o presidente da Câmara, o custo mais de 500 mil euros, com um financiamento do Quadro Comunitário Portugal 2020 de cerca de 400 mil euros, na ordem de 75% do investimento. 

Depois de ter consolidado os tratamentos das vias respiratórias no balneário novo, agora o objetivo é promover e consolidar a “ala de tratamentos clínicos musculoesqueléticos, de bem-estar e massagens”. “Queremos fazer um trabalho muito grande de promoção e divulgação para ganhar a notabilidade que merece e reafirmar o posicionamento da estância termal como um destino de saúde e bem-estar, seguro e saudável”, disse Vitor Marques.

O autarca quer “fazer um trabalho de base envolvendo os caldenses e populações dos concelhos vizinhos, onde a meta é que 50% dos aquistas sejam das Caldas”. Pretende cativar os vários grupos etários.

O presidente divulgou ainda que vai haver uma oferta especial para os caldenses que ainda não está definida, mas em princípio depois de fazer uma série de tratamentos haverá um de cortesia para a população do concelho”. 

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Duche Massagem

Ainda na vertente de promoção, Vitor Marques revelou que falou com o diretor do Agrupamento de Centros de Saúde Oeste Norte (ACeS Oeste Norte), João Gomes, no sentido de proporcionar uma “experiência termal aos médicos de família, incluindo workshops e pequenas conferências”. O objetivo é proporcionar mais informações para que “possam prescrever aos seus utentes os tratamentos necessários”. 

No âmbito da divulgação, o autarca disse que espera na próxima quinta-feira receber no Hospital Termal, através da Associação Termas Portugal, uma equipa de jornalistas do estrangeiro, nomeadamente do Canadá e dos Estados Unidos de América, que vem fazer uma visita a várias termas do país.

Vitor Marques destacou a exposição que inaugurou o espaço, revelando que o intuito é “ter no Hospital Termal uma oferta cultural com exposições e apontamentos musicais, criando uma “dinâmica de desenvolvimento de outras infraestruturas que não seja só das águas termais”. 

O projeto abrange a investigação, com o intuito de avaliar o potencial e evidências da água termal e fundamentar cientificamente o efeito desta água das Caldas nas doenças e prevenção das enfermidades. Para isso o presidente conta com a parceria do Instituto Politécnico de Leiria.

“Estamos a fazer o masterplan do termalismo”

O presidente da autarquia considera que “a abertura do equipamento termal” é “muito importante para a economia regional”, revelando que já existem cerca de mil inscrições para os tratamentos na ala sul do Hospital Termal.

A partir de agora existe uma receção para todos os tratamentos, incluindo os de via respiratória. 

O autarca pretende que a estância de tratamento termal das Caldas “seja muito procurada para fins medicinais”.

Quanto aos brindes personalizados, existem vários produtos para recordar as termas, como os copos, sabonetes de água termal e brevemente haverá cremes.

De acordo com o autarca, o projeto nunca estará acabado porque tem uma “necessidade de manutenção muito grande”. No entanto, Vitor Marques sublinhou que “encontram-se em elaboração o Plano de Intervenção Municipal para a Área Termal e Zona Envolvente, verdadeiro projeto âncora que prevê uma abordagem transversal aos domínios da saúde e bem-estar, cultura, turismo, sustentabilidade, urbanismo e mobilidade”.

“Estamos a fazer o masterplan do termalismo, que estará terminado no final do ano, onde esperamos vir a colher um conjunto informações que nos permitirão tirar decisões adequadas para o passo seguinte a dar, como avaliar a pertinência ou não de incrementar no piso do rés-do-chão do balneário novo a construção de uma piscina”, contou.

Existe ainda o compromisso do contrato com o Estado para construírem um novo balneário. “No Plano de Pormenor do Centro Histórico temos dois registos de locais distintos, um na Parada e outro na Mata, que passam pela aprovação de entidades”.

“Uma história fabulosa dotada de equipamentos modernos”

António Santos Silva, diretor clínico do Hospital Termal das Caldas da Rainha, disse que os tratamentos vão “responder às expetativas em áreas de bem-estar, na investigação, e na perspetiva de melhorar o estilo de vida das pessoas”.

A água termal das Caldas é “um medicamento bacteriologicamente puro”, disse o responsável.

Segundo o médico, é uma estância termal diferente, com uma “história fabulosa, dotada agora dos equipamentos e técnicas mais modernos”.

Todos os tratamentos do Hospital Termal das Caldas irão funcionar de segunda-feira a sábado e os de bem-estar termal não necessitam de consulta com o profissional de saúde.

“Um dia feliz para os caldenses”

Depois da luta da Comissão de Utentes do Centro Hospitalar do Oeste para a reabertura dos tratamentos termais, o porta voz, Vítor Dinis, salientou que “é um dia muito importante para a nossa comissão e os caldenses estão de parabéns por este passo, que era o mais desejado”. Espera que haja bastante afluência de aquistas, “para usufruírem da água termal caldense para tratamentos ou para momentos de relaxamento”.

Os tratamentos no Hospital Termal das Caldas da Rainha estiveram suspensos desde 2009 devido à presença da bactéria “legionela”, detetada nas canalizações da unidade, cuja reabertura ficou condicionada à realização da modernização das tubagens onde circula a água termal.

Em maio, o Ministério da Saúde autorizou a reabertura dos tratamentos no balneário novo, no qual a autarquia fez também melhoramentos no valor de meio milhão de euros.

O Hospital Termal foi fundado em 1484. Faz parte do património termal cedido pelo Estado à Câmara da Caldas da Rainha, em dezembro de 2015, e que engloba ainda o Parque D. Carlos I e a Mata Rainha D. Leonor.

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Sala de Repouso
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