A primeira edição da “Festa Branca”, na cidade das Caldas da Rainha, no passado dia 3, no Paço da Rainha, teve um cariz solidário de apoio à associação Ordem do Trevo, que marcou presença no evento com a participação de alguns voluntários que colaboraram com a organização e fizeram também a recolha de donativos no local.

A iniciativa foi promovida por Filipe Belmonte e João Campinas, que contribuíram com um donativo para esta associação de cerca de 500 euros em alimentos e material escolar.

De acordo com o presidente da Orem do Trevo, José Viegas, foi uma oferta muito “generosa” porque “estamos atualmente a apoiar com alimentos todas as semanas 64 famílias carenciadas do concelho”. A Ordem do Trevo tem como limite apoiar cerca de 50 famílias, mas recebeu o pedido para apoiar 14 famílias ucranianas. “Não podemos fechar os olhos à guerra na Ucrânia e também à crise devido ao aumento da energia”, relatou José Viegas.

O presidente da Ordem do Trevo revelou ainda que com o início do ano letivo é preciso material escolar para as crianças das famílias que apoiam. “Mandámos para os organizadores da Festa Branca uma lista de material que precisamos e eles compraram”, contou o responsável, acrescentando que qualquer empresa ou entidade ou pessoas individuais podem apadrinhar um jovem ou criança e terão depois o feedback do seu desempenho escolar. 

José Viegas destacou o facto de Filipe Belmonte e João Campinas terem convidado a Ordem do Trevo para fazer parte da festa que foi “uma das melhores noites que nós temos assistido nos últimos anos aqui nas Caldas da Rainha”.

“Resultado além das expetativas”

Em declarações ao JORNAL DAS CALDAS os elementos da organização fizeram um balanço positivo da 1ª edição da Festa Branca, que tinha o objetivo de “trazer animação ao concelho e à região”.

“O resultado foi muito além das nossas melhores expetativas e quem esteve presente percebeu a nossa preocupação em, na medida das nossas possibilidades, estar à altura de um evento com tamanha notoriedade”, relataram.

“A responsabilidade era tanta que chegou a roubar-nos a tranquilidade, mas fomos em frente na mesma”, contaram, acrescentando que “produzir o evento nas Caldas da Rainha, em circunstâncias diferentes das habituais, arriscando um outro lugar para a sua realização e até um outro contexto, tornou-se num desafio e receio que nos impulsionou para dar o passo à frente”.

Segundo os organizadores do evento, Caldas da Rainha foi “pintada por uma mancha branca” onde as pessoas dançaram, divertiram-se e socializaram”.

Os responsáveis adiantaram que na noite da nossa festa “ficou preto no branco um desafio lançado a todos os presentes (nomeadamente aos empresários), de connosco e com os responsáveis dos Jardins do Palácio Real, espaço onde se realizou a Festa Branca, se estudar uma forma de se requalificar (apagando nomeadamente os graffitis) um lugar com tanta história, dando-lhe o brio que as gentes das Caldas merecem”.

É objetivo dos elementos da organização que da Festa Branca 2022 resulte um “movimento benéfico para todos”. Esperam realizar a 2ª edição e já que o branco é “a cor da luz” e se estivermos de “novo no leme, fica prometido que a luz vai voltar a acender-se”.

“Num mundo cada vez mais cinzento, valha-nos o branco e o que ele simboliza para o tornar melhor e haja pessoas disponíveis para partilhar a luz”, comentaram.

Desejaram a todos “energia positiva” e manifestaram que “o melhor ainda está para vir com a Festa Branca 2023”.

Filipe Belmonte e João Campinas deixaram um agradecimento a todos aqueles que acreditaram no projeto, aos parceiros, colaboradores e patrocinadores (Ordem do Trevo, OralPlan, Transwhite, Auto M Caldas/Star Motor, Clube Padel de Caldas, Grupo Xumac, Acccro – Associação Empresarial das Caldas da Rainha, Câmara Municipal e Direção do Museu do Hospital das Caldas da Rainha).