A Câmara Municipal das Caldas da Rainha vai propor ao Plano Estratégico de Reabilitação e Valorização do Património Cultural da Região Centro a realização da obra que pretende inverter o mau estado de conservação do edifício do Museu de Cerâmica, cuja intervenção está estimada em um milhão e 650 mil euros.
A obra dará resposta à “necessidade de acautelar a reabilitação do edifício antes que se processe o auto de transferência da esfera nacional para a esfera municipal”, revelou o presidente da Câmara, Vitor Marques.
O autarca, que se congratulou com a recente classificação do Palacete Visconde de Sacavém, onde está alojado o Museu de Cerâmica, como Monumento de Interesse Público, sublinhou que este núcleo museológico “na ótica de um futuro alargamento, tem estado no centro das preocupações do atual executivo camarário, por se tratar de um equipamento de relevo no panorama cultural caldense e por estar prestes a passar para a alçada camarária, por via da descentralização de competências em matéria de cultura”.
“Atendendo ao mau estado de conservação do edifício, que alberga importantes coleções cerâmicas nacionais e municipais, o executivo tem chamado a atenção das autoridades nacionais e regionais, designadamente a Direção-Geral das Autarquias Locais e a Direção Regional de Cultura do Centro”, indicou Vitor Marques.
Em reunião com a diretora regional de Cultura do Centro, Suzana Menezes, o presidente da Câmara e a vereadora da Cultura, Conceição Henriques, debateram a situação do edifício e a transferência do Museu para a esfera municipal, tendo ficado acordado que a reabilitação do mesmo iria ser proposta no Plano Estratégico de Reabilitação e Valorização do Património Cultural da Região Centro, estando, neste momento, a ser preparado pela Unidade de Cultura da Câmara o documento de suporte a essa proposta.
A ampliação deste museu, que estava previsto ocorrer em conjunto com a reabilitação do Palácio Visconde de Sacavém, será objeto de uma proposta de construção autónoma, cujo documento de suporte está também ser preparado pelos serviços municipais, por se considerar que a reabilitação do edifício não pode aguardar o tempo que as tramitações (elaboração e aprovação de projecto e obtenção de financiamento) e construção de um novo equipamento comportam.
“Atualmente está a ser preparado um plano de desenvolvimento do parque termal de Caldas da Rainha, no qual o Museu de Cerâmica, conjuntamente com o Hospital Termal, o parque D. Carlos I e a Mata Rainha D. Leonor, e o Centro de Artes, serão eixos axiais para a reformulação de uma importante parte da cidade assente no binómio cultura e bem-estar”, manifestou Vitor Marques.
O presidente da Câmara ressalvou que “o desígnio da reconstrução do Museu de Cerâmica é, felizmente, consensual em todos os setores da sociedade caldense, pelo que os esforços junto das autoridades para que o mesmo não fique fora dos financiamentos do Portugal 2030 – essenciais para uma obra desta envergadura – serão uma prioridade absoluta do executivo camarário”.
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