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Quando é que nos deixámos de importar?

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Vamos à Foz do Arelho e a avenida do mar é um mar de carros estacionados. Sentamo-nos nas esplanadas a contemplá-los. Passear no areal é um desafio à nossa capacidade de ignorar a quantidade de lixo que encontramos.
Susana Simplício

Vamos à Foz do Arelho e a avenida do mar é um mar de carros estacionados. Sentamo-nos nas esplanadas a contemplá-los. Passear no areal é um desafio à nossa capacidade de ignorar a quantidade de lixo que encontramos.

Subimos ao miradouro e olhando o horizonte vemos carros, caravanas e motas estacionadas nas falésias. O lixo voa dos poucos pequenos caixotes de lixo abertos a abarrotar de garrafas e take away do Mac Donalds, pelas dunas, falésias e mar, algum já entrelaçado na vegetação: toalhitas, máscaras e sacos de plástico.

Olhamos o mar, cheiramos o ar, com os pés a pisar beatas de cigarro, num local que deveria ser de contemplação de beleza e de preservação. Na fotografia publicada nas redes sociais nada disto é visível, apenas o azul do mar. No caminho para a cidade os eucaliptais dominam a paisagem. Na cidade os outdoors publicitários. Lixo a voar pela cidade ventosa. Carros em cima de passeios, em frente a garagens, quem se vai incomodar? E lá passa mais um autocarro a fumegar.

Quando é que deixámos de nos preocupar? Desligamo-nos da vida e do que mais importa: o presente, o futuro, a nossa sustentabilidade neste planeta, a nossa ligação com o meio e como isso nos afecta a todos nós de inúmeras maneiras.

Desresponsabilizamo-nos daquilo que (não) fazemos. Ignoramos, fingimos não ver e que nada temos a haver. O que é mais um saco de plástico? O que é mais um papel ou uma beata no chão? O que é mais uma TV no lixo? O que é mais uma roupinha nova para estrear?

Urge sermos pessoas mais conscientes, responsáveis e responsabilizadas. O poder político nacional e local sem dúvida tem um papel essencial, e as autoridades também, mas somos nós individualmente ou juntos que podemos fazer a diferença.

O que interessa é o bem comum, e é o bem comum que deve prevalecer. Porque o bem comum não tem preço e não obedece a interesses económicos nem a maiorias.

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