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Protocolo de cooperação entre Caldas e Rio Maior assinado na Feira da Cebola

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Terminou no passado domingo mais uma edição da Frimor – Feira Nacional da Cebola, em Rio Maior, que este ano comemorou os 300 anos de existência. Além da inauguração do monumento comemorativo da antiga feira de setembro, o certame também contou com a assinatura de um protocolo de colaboração entre as câmaras municipais de Rio Maior e das Caldas da Rainha.

Terminou no passado domingo mais uma edição da Frimor – Feira Nacional da Cebola, em Rio Maior, que este ano comemorou os 300 anos de existência. Além da inauguração do monumento comemorativo da antiga feira de setembro, o certame também contou com a assinatura de um protocolo de colaboração entre as câmaras municipais de Rio Maior e das Caldas da Rainha.

A Feira da Cebola é o certame mais antigo do concelho de Rio Maior, tendo sido criado no século XVIII, altura em que D. José instituiu a feira franca, que ainda hoje se mantém e que, em outros tempos, chegou a realizar-se por vários pontos da cidade. Atualmente, a Frimor concentra-se na zona envolvente ao Pavilhão Multiusos.

O evento celebra 300 anos e nesse sentido a autarquia quis assinalar a efeméride com a inauguração do monumento comemorativo, bem como apresentar uma publicação onde é feito todo o enquadramento histórico da Feira de Setembro, “perfeitamente ilustrada com documentos e fotografias deste magnífico certame”, manifestou o presidente da Câmara Municipal de Rio Maior, Filipe Santana Dias. O livro “300 anos da Feira de Setembro”, cujo prefácio foi escrito pelo autarca, resulta de “um trabalho árduo” de dois técnicos da Câmara Municipal de Rio Maior, Sónia Rebocho e Ricardo Rosário.

“Nos últimos anos, Rio Maior tem apostado fortemente naquele que é o seu património material e imaterial, na investigação e na descoberta da sua história, e na procura incessante da informação que nos permita conhecer cada vez melhor o nosso passado”, explicou o autarca, adiantando que “felizmente Rio Maior não é um concelho só com passado, mas sim com muito presente e sobretudo com muito futuro”.

Daí que as câmaras de Rio Maior e das Caldas da Rainha tenham desenvolvido em conjunto um projeto de parceria entre os dois municípios, que foi consubstanciado com a assinatura de um protocolo de cooperação durante a inauguração do certame.

De acordo com o edil de Rio Maior, “ambos os municípios já têm historicamente uma relação e com esta experiência agregada podemos melhorar a oferta, quer aos cidadãos de cada um dos concelhos, quer de forma conjunta, numa única região”. Ou seja, “queremos potenciar as oportunidades que existem em cada concelho e com isso poder servir melhor as pessoas”.

O autarca de Rio Maior aproveitou o momento para falar sobre um conjunto de investimentos, que “nos vão permitir atualizar e alavancar as áreas das atividades industriais, cujas infraestruturas também queremos modernizar”. “Rio Maior foi um dos dez únicos municípios do país a ter a capacidade de fixar este investimento, que rondará os 13 milhões de euros e que comportará toda esta modernização”, frisou Filipe Santana Dias, adiantando que “este será o maior financiamento alguma vez conquistado para o nosso concelho, e como tal quisemos concorrer a fundos que permitam ao nosso território ter ainda melhores condições para atrair mais empresas e gerar mais riqueza, e melhorar a vida dos nossos cidadãos”.

O investimento, que será repartido em várias áreas industriais, está previsto começar em 2023, estando concluído no final de 2024. 

Já o presidente da Câmara Municipal das Caldas da Rainha, Vitor Marques, sublinhou que “este protocolo é uma excelente oportunidade de em conjunto fazermos um caminho para dotar os nossos concelhos de crescimento e maior riqueza”. “Uma sinergia que poderá tornar o território mais forte”, referiu o autarca.

“Ceboleiros maioritariamente oriundos das Caldas”

Das duas dezenas de produtores de cebola presentes na feira, que decorreu de 1 a 4 de setembro em Rio Maior, “a grande maioria eram ceboleiros do concelho das Caldas da Rainha, que durante todo ano trabalham arduamente para depois virem aqui expor as melhores cebolas do país”, sublinhou o autarca riomaiorense.

Como também já é tradição, os ceboleiros levaram as rastras, cabos ou tranças (nome dado às cebolas entrançadas), que são um dos ex-libris do evento.

O JORNAL DAS CALDAS falou com alguns ceboleiros caldenses, que afirmaram que “a produção foi pouca este ano, e as vendas estão fracas”, no entanto, continuam a ir ao certame. É caso de Albino Tomas, natural de Alvorninha, que vende neste certame há mais de 76 anos e levou mil quilos de cebola, “pois não valia a pena trazer mais”.”

“A feira já não é como antigamente, sem falar que as vendas estão muito fracas”, lamentou o produtor de Alvorninha, afirmando que “só venho à Frimor pela tradição”.

Sozinho na banca, o ceboleiro caldense contava vender toda a cebola que carregou para a feira, tal como tem acontecido em todos os anos. No entanto, mostrou-se pessimista pois este ano “as cebolas não têm saída e ninguém as quer, pois estão mais caras e as pessoas não tem dinheiro”.

Revelou igualmente que “a cebola teve pouca produção este ano devido ao tempo, mas mesmo assim, ainda deu para trazer qualquer coisa para a feira”.

Maria Ascensão Joaquim, também da freguesia de Alvorninha, revelou que “são pelo menos 50 anos de Feira da Cebola”. “Comecei a vir quando me casei. O meu marido tem 72 e eu tenho 70, e continuamos a trazer a nossa cebola, porque é tradição”, salientou, recordando, no entanto, que “há 50 anos era muito melhor, vendia-se de tudo e havia gente de todo o lado”.

Acompanhada pelo marido e pelos netos, a ceboleira levou uma tonelada de cebolas para certame, menos do que o habitual, “pois este ano a produção foi pouca”. Com o preço ao quilo de um euro, a ceboleira sublinhou “que este ano as vendas estão mais fracas, porque as cebolas estão mais caras”.

Ramiro Marques, de Alvorninha, também é habitual participante na Frimor, onde vai vender cebola há cerca de 60 anos, apesar de ter “estado uns tempos sem vir”. Há cinco anos, decidiu “retomar a tradição”, até porque” isto é divertido e quando falhamos um ano, sentimos logo falta”.

Para a edição deste ano levou mais de duas toneladas de cebolas. ”A venda esteve fraca”, afirmou o ceboleiro, que mesmo assim acredita que ”vale sempre a pena” voltar à Frimor, onde além dos cabos de cebola branca, também tinha para vender outros produtos agrícolas.

Além dos ceboleiros, este evento mantém o seu cunho agrícola, acrescentando a mostra e divulgação empresariais, e garantindo também aos visitantes as virtudes gastronómicas e uma variada animação cultural, com artistas locais e nacionais.

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