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Marcelo diz que subchefe dos bombeiros de Óbidos que morreu é um “exemplo para o país”

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No funeral do subchefe Carlos Antunes, o Presidente da República, pede aos Bombeiros Voluntários de Óbidos para não desistirem do combate a incêndio porque “era assim que Carlos faria”.
Presidente da República no funeral do bombeiro em Óbidos

No funeral do subchefe Carlos Antunes, o Presidente da República, pede aos Bombeiros Voluntários de Óbidos para não desistirem do combate a incêndio porque “era assim que Carlos faria”.

“Partiu no cumprimento de missão”, disse o Presidente da República no final da missa do funeral do subchefe do Corpo de Bombeiros Voluntários de Óbidos, Carlos Antunes, que morreu de doença súbita, quando combatia um incêndio nas Caldas da Rainha.

“Não poderia partir de outra maneira, tinha que ser ao serviço da causa que amava e que dedicou a sua vida”, adiantou Marcelo Rebelo de Sousa, agradecendo à esposa e aos dois filhos do subchefe, que também são bombeiros. “Estamos todos convosco!”, salientou o Presidente da República, falando em nome dos “dez milhões de portugueses”.

Citando a mensagem que antes tinha sido proferida pelo comandante dos Bombeiros de Óbidos, Marcelo Rebelo de Sousa referiu que depois “desta homenagem a Carlos Antunes, o combate continua, porque era assim que ele faria”.

“É importante que seja dito a pensar sobretudo nos mais jovens que aqui estão, porque esse é o grande exemplo de Carlos Antunes”, declarou o chefe de Estado, apelando a todos os bombeiros presentes no funeral, para não “quebrar, não desistir e não desanimar, porque isso seria não ser português”. “Se tiverem um segundo de dúvida, pensem naquilo que Carlos Antunes faria, se estivesse connosco”, adiantou. 

Marcelo Rebelo de Sousa, chegou ao quartel dos Bombeiros Voluntários de Óbidos, pelas 15h00, acompanhado do ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, bem como o presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), Duarte Costa, e presentes estiveram muitas outras autoridades civis e militares.

A missa foi presidida pelo capelão nacional dos bombeiros, Américo Aguiar, que no início da cerimónia religiosa realçou a presença de todos, para uma “festa de homenagem, gratidão e bênção a Carlos Antunes”.

Ao toque da sirene dos Bombeiros de Óbidos, saiu o cortejo fúnebre para o cemitério dos Arcos, em Óbidos, onde o subchefe de 52 anos foi sepultado. A emoção tomou conta de dezenas de colegas bombeiros, que quiseram dizer adeus ao seu camarada, fardados, tal como Carlos Antunes morreu, com o equipamento de Proteção Individual Florestal. Diversas Corporações de Bombeiros, algumas de longe, fizeram-se representar.

Também o Presidente da República, acompanhou a pé ao lado do ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, o cortejo fúnebre apeado entre o quartel dos bombeiros e o cemitério, uma distância de 1,3 quilómetros, durante quase uma hora.

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Uma sentida homenagem a Carlos Antunes

Bombeiros de Óbidos irão condecorar o subchefe a título póstumo

Abalado com a morte do “amigo”, estava o Comandante dos Bombeiros de Óbidos, que prestou declarações aos jornalistas no final do funeral.  Marco Martins, destaca o falecido como “um dos melhores operacionais, um dos que mais disponibilidade dava ao corpo de bombeiros, sempre presente para ajudar a extinguir incêndios, e também no âmbito da formação dos novos bombeiros, que atualmente estava responsável pela escola do Bombeiro”.

Segundo o comandante, Carlos Antunes já tinha referenciado alguns problemas cardíacos, que estavam devidamente acompanhados e medicados para o efeito. “Teve o primeiro episódio de enfarte e conseguiu ultrapassar o segundo episódio mais forte, teve uma intervenção cirúrgica, e esta vez infelizmente, porque a vida assim o quis, não conseguiu resistir face à intensidade, foi fulminante”, contou.  “No dia que faleceu, podia ter tido um enfarte no quartel, num serviço para o hospital, ou quando fosse para casa descansar, mas quis o destino que ele tivesse tido o enfarte agudo de miocárdio e que nos deixasse quando estava a fazer aquilo que mais amava”, adiantou, Marco Martins.

Diz este responsável, que a missão do subchefe terminou “num combate ao incêndio, de uma forma abrupta, onde não houve sofrimento no espaço e tempo, porque foi imediato”, contou, revelando que “é um exemplo para todos nós, em particular para mim, enquanto comandante, e para todos os colegas que vão ficar a perdurar na memória do Carlos”.

Marco Martins diz que, no 96.º aniversário da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Concelho, em abril de 2023, vão realizar uma sessão solene e atribuir ao bombeiro falecido a condecoração que ele iria receber quando fizesse 35 anos.

“Ele iria fazer 35 anos de serviço efetivo, a 2 de setembro, e sempre ambicionou essa condecoração”, contou.

O presidente da Câmara de Óbidos, destacou a sentida homenagem que foi feita a Carlos Antunes, o que mostra o “respeito que há por todos os bombeiros do país”.  Filipe Daniel, manifestou o apoio que será dado à família do subchefe falecido, e o corpo de bombeiros de Óbidos”.

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Bombeiros fardados com o equipamento de Proteção Individual Florestal, tal como o subchefe morreu
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