Os “Cicloturistas Caldenses” pedalaram na ecopista do antigo ramal do Dão, entre Santa Comba Dão, Tondela e Viseu, ao longo de 112 quilómetros, incluindo o passeio pelos arredores da cidade.
Os “Cicloturistas Caldenses”, um grupo de amantes das duas rodas, de Caldas da Rainha, a maioria com origens nos famosos brevets Caldas-Badajoz, fez a sua aventura no passado domingo pela pista do antigo ramal do Dão, que termina em Viseu.
Uma das principais caraterísticas do cicloturismo é o prazer de pedalar, associado à companhia dos amigos e ao contato com a natureza, aproveitando para observar a beleza da paisagem e o património natural e construído. Pedalar é um esforço necessário, mas não de forma a prejudicar o praticante, uma vez que cada um decide o seu ritmo.
Este grupo tem como divisa que o cicloturismo, como atividade desportiva de lazer, não deve ser levado ao extremo, porque não se trata de uma competição, mas sim de gozar o prazer da entreajuda e amizade.
Problemas como furos ou falhas mecânicas aconteceram mas foram de imediato resolvidas e não beliscaram a aventura.
Foi feito um planeamento minucioso antes da partida, uma boa conversa com quem já percorreu este ramal do Dão para fazer uma viagem sem “surpresas” mas com emoção.
O prazer que esta viagem de bicicleta proporcionou valeu todos os esforços, desde levantar pelas quatro horas da madrugada, partir cerca das cinco e meia, chegar ao início da pista pelas nove horas e cortar da meta em Viseu ao meio-dia e meia.
A Linha do Dão foi das primeiras vias-férreas de bitola estreita (via métrica) de Portugal, tendo sido inaugurada a 25 de novembro de 1890.
Com início na estação de Vimieiro, Santa Comba Dão, onde intersectava a Linha da Beira Alta, a Linha do Dão passava por Tondela, atravessando as terras do Dão, até chegar à estação de Viseu, numa extensão total de 50 quilómetros.
Em agosto de 1972, o serviço de mercadorias foi suspenso, sendo a Linha do Dão totalmente encerrada em 25 de setembro de 1998. Entre 1997 e 1999 os carris foram levantados, bem como o balastro e as travessas, dando origem a uma das melhores e mais atraentes ciclovias de Portugal.
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