Deslocaram-se às Caldas da Rainha cerca de 1.600 atletas dos 9 aos 15 anos (femininos e masculinos), oriundos de 100 equipas de 42 clubes, provenientes de Portugal, Brasil, Cabo Verde, Coreia do Sul e Espanha, para participar na segunda edição do Torneio FootMania, que decorreu de 22 de junho a 3 de julho.
“A cidade encheu-se de crianças e jovens que deram cor e brilho às Caldas, que para além da vertente desportiva, teve também “uma perspetiva de promoção da região”, disse Vítor Mesquita, da ADDE – Associação para o Desenvolvimento do Desporto e Educação, entidade organizadora do evento.
“Nos dias do torneio os alojamentos turísticos das Caldas num raio de 50 quilómetros estavam esgotados”, contou. “Esta é uma oportunidade de dinamizar as infraestruturas desportivas, promover a atividade desportiva e o território”, adiantou o responsável. Revelou que a iniciativa “não só trouxe ao concelho os atletas, mas muitos familiares vindos de todo o país juntaram-se às crianças e jovens e puderam desfrutar do turismo, cultura e gastronomia”.
“É bom para o comércio e restaurantes”, salientou, revelando que tem um impacto económico muito grande.
Disse que o evento também tem um impacto social porque junta diversas culturas.
O torneio tem uma logística muito grande, envolvendo 160 pessoas na organização que fizeram a gestão do transporte (22 autocarros a circular), alimentação, competição e árbitros e ainda cinco campos a receber jogos das 9h30 às 19h00. “É um evento que trouxe muita dinâmica para a cidade durante dez dias”, afirmou o organizador.
Vitor Mesquita quer internacionalizar ainda mais o FootMania nas Caldas “torná-lo uma referência nacional e isso consegue-se com a participação das melhores equipas estrangeiras”.
O Município das Caldas apoiou o evento com um subsídio de 30 mil euros mais o apoio logístico com a cedência da Expoeste para as refeições dos atletas. É, segundo o presidente da autarquia, um “investimento naquilo que queremos cada vez apostar mais, que é o turismo desportivo, seja de competição ou recreativo”.
“Ao sermos visitados pelos atletas e seus familiares o nosso concelho está também a apresentar-se, convidando-os a visitarem novamente a nossa cidade numa perspetiva turística”, referiu, Vitor Marques, revelando que com a sua presença durante dez dias acabaram por alavancar a “hotelaria”.
O autarca destacou que estão a dar passos importantes para a promoção da atividade desportiva, que contribuiu positivamente para a economia da região. “Queremos fazê-lo em parceria com Rio Maior, que tem uma oferta desportiva excelente, com universidade e centro de estágio”, contou.
Arneirense serviu mais de 20 mil refeições
O pavilhão da Expoeste transformou-se num autêntico restaurante. As refeições dos atletas estiveram a cargo da Associação Cultural Desportiva e Recreativa Arneirense, que serviu nos dez dias mais de vinte mil refeições.
Tiveram ainda a funcionar no pavilhão um restaurante para os familiares e acompanhantes dos atletas.
Com uma equipa de cerca de quinze pessoas da coletividade, todos a trabalharem de forma voluntária, foi para a presidente da direção do Arneirense, Anabela Patacho, uma aventura muito grande. “A minha equipa está de parabéns. Os elementos da direção, entre outros do Arneirense, tiraram férias para ajudar a coletividade”, relatou, referindo que entravam às seis da manhã e saíam às três da manhã. Segundo a responsável, acabavam de servir o almoço e iniciavam o jantar.
A presidente da direção indicou que a nível monetário “vai ser muito positivo para o Arneirense que com estes dois anos de pandemia precisa de verba para continuar as atividades”. “Temos o nosso atletismo este ano com campeões, mas que traz despesas elevadas”, contou.
Também diversos estabelecimentos de ensino se uniram à logística do evento. Raquel Moreira e Rita Pinta, do 3º ano do curso de Turismo da Escola Técnica Empresarial do Oeste (ETEO), foram as coordenadoras de uma equipa de cerca de quinze alunos, que ajudaram na organização das refeições. “Tínhamos que registar e fazer a contagem de cada equipa que chegava para o almoço e jantar e depois ajudar os jovens com as refeições”, relatou Raquel Moreira.
Para esta aluna, a “experiência é enriquecedora porque aprendemos a atender o publico e a saber o que envolve a organização de um evento desta dimensão”.
Os alunos do curso Audiovisual da Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro fizeram o registo fotográfico.
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