Mais de duas mil conchas e búzios de 800 espécies, que contam 25 histórias desenvolvidas em torno da Lagoa de Óbidos e da Foz do Arelho, mas não só, estão em exposição na Casa das Conchas – espaço de malacologia da Foz do Arelho, inaugurada no passado sábado nas antigas instalações do Posto de Socorros Visconde de Moraes, na Avenida do Mar, na praia da Foz do Arelho.
Este novo espaço, que convida ao visitante fazer uma viagem pela costa portuguesa, com especial atenção à fauna malacológica da Lagoa de Óbidos, surge através de “um desafio” lançado pelo Conselho da Cidade – Associação para a Cidadania das Caldas da Rainha, em parceria com a Mar d’Água – Associação para a Lagoa de Óbidos, à Câmara Municipal das Caldas da Rainha, que contribuiu com apoio, e por sua vez à Junta de Freguesia da Foz do Arelho, que disponibilizou e remodelou a antiga “Casa dos Barcos”.
O projeto foi “pensado e elaborado nos últimos oito meses, e não tem o conceito normal de um museu”, explicou a presidente do Conselho da Cidade, Ana Costa Leal, na inauguração da Casa das Conchas, que além das 800 espécies de conchas e búzios, que permitem contar um pouco das atividades desenvolvidas em torno da lagoa, também aborda histórias e outras curiosidades relacionadas com a temática principal da exposição, as conchas. “No fundo, a ideia era fazer do espaço, um sítio malacológico, com interesse didático e científico, mas também com histórias ligadas às conchas ao longo dos tempos, nos diferentes países e culturas”, esclareceu a responsável, adiantando que o objetivo é mostrar a diversidade das espécies.
Em exposição nas vitrinas constam mais de duas mil conchas, umas pequenas, outras grandes, lisas ou cobertas de sulcos, decorativas ou com o interesse comercial. “Representam um pequeno número de espécies relativamente às existentes no mundo inteiro”, sublinhou Ana Costa Leal. Para complementar a mostra foram doadas peças de coleções particulares e exemplares recolhidos na Lagoa para estarem evidenciados na Casa das Conchas.
Além das conchas e dos búzios, que estão organizados por exemplares correntes na costa portuguesa e do resto do mundo, bem como por espécies, o espaço conta com diversos painéis informativos e fotografias emblemáticas de mariscadores da Lagoa.
Vai funcionar em articulação com os outros equipamentos culturais da freguesia e pretende-se também que seja “um ponto de interesse turístico e um local que potencie o interesse e a pesquisa, e igualmente a calma e o equilíbrio emocional dos visitantes”, apontou a presidente do Conselho da Cidade.
Aproveitou a ocasião para congratular a freguesia da Foz do Arelho, que “no espaço de duas semanas inaugurou dois equipamentos ligados à lagoa que surgiram por iniciativas de cidadãos, por isso, parabéns à cidadania”.
O presidente da Junta de Freguesia da Foz do Arelho, Fernando Sousa, referiu que “a Casa das Conchas será uma mais valia para a nossa freguesia e para todos os que nos vão visitar, funcionando em paralelo com as restantes valências culturais”.
Presente na inauguração do novo espaço também esteve o presidente da Câmara Municipal, Vitor Marques, que considerou que “esta coleção de conchas vai criar ainda mais condições para projetar a Foz do Arelho”.
A Casa das Conchas está aberta de quarta-feira a domingo, entre as 15h00 e as 19h00.
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