Vinte e sete ceramistas participaram na primeira edição da Mostra Mercado de Cerâmica, que decorreu entre os dias 17 e 19 de junho, no Parque D. Carlos I, nas Caldas da Rainha. Esta iniciativa, que promoveu a exposição e venda de peças de cerâmica de autor, também serviu para “lançar as bases para a criação de um evento regular”, frisou a vereadora da cultura, Conceição Henriques.
Ao longo de três dias, a primeira edição da Mostra Mercado da Cerâmica, que decorreu numa tenda instalada no Parque das Bicicletas, serviu de espaço para a celebração da cerâmica caldense e dos que escolheram a cidade para aqui trabalhar, contando assim com a participação de mais de vinte ceramistas, que “responderam de forma entusiástica ao nosso pedido”, referiu a autarca.
Além de promover a exposição e venda de cerâmica das Caldas da Rainha, Cidade Criativa da UNESCO do Artesanato e Artes Populares desde 2019, a mostra, que teve um orçamento de 25 mil euros, serviu de espaço para as conversas “À roda da cerâmica”, workshops, gastronomia e muitos momentos de animação musical adequada ao tipo de exposição, com diversos grupos ligados à música tradicional portuguesa, como as Crua, coletivo composto por seis vozes femininas, os Gaiteiros da Fanadia, os Seiva, com o cavaquinho, a viola braguesa e as gaitas de fole, e os Guitolão Trio, com Carlos Paredes, que junta guitarra e violão num só.
Segundo Conceição Henriques, “optámos por fazer uma mostra mais pequena, mas com o objetivo de criar aqui uma dinâmica, colocar as pessoas em contacto umas com as outras” e ainda “lançar as bases para um futuro que há-de ser seguramente maior, mais profundo e abrangente”. Também destacou o papel que a autarquia tem na interligação com os artistas e na criação de sinergias, visto que “a cerâmica é fundamental para a economia, cultura e vida social da cidade”.
Para a vereadora, “esta primeira edição é uma mostra bastante exemplificativa daquilo que se faz atualmente na área da cerâmica e estas mostras só podem contribuir para o aumento da criatividade, e para a promoção de novos designers e expressões artísticas”. Neste momento, a autarca considerou que “estamos na rutura de multi-criadores, onde as instituições de formação têm tido um papel preponderante”.
Nesse sentido, a autarca espera que a próxima edição seja “uma mostra maior, mais completa e mais envolvente”, esperando ainda “ter de novo as tradicionais feiras da cerâmica em Caldas da Rainha, visto que é uma cidade de cerâmica onde ocorreram ao longo dos tempos ruturas significativas na arte cerâmica”.
No âmbito da Mostra Mercado de Cerâmica também foi inaugurada uma exposição coletiva, com obras de 22 ceramistas, sendo alguns participantes na Mostra Mercado. Essa exposição, que ficará patente até 28 de agosto, no Museu da Cerâmica, foi um desafio lançado pela diretora dos Museus José Malhoa e da Cerâmica, Nicole Costa, com intuito de dar possibilidade aos ceramistas que não podiam participar na Mostra Mercado, poderem participar na exposição.
“Entendemos a Mostra Mercado Cerâmica, por um lado, como uma das respostas possíveis à necessidade constante de valorização e incentivo às práticas artísticas. Por outro lado, esta exposição procura dar a ver produções cerâmicas através de uma ótica privilegiada dos próprios artistas, convocados a escolher entre as suas inúmeras obras uma que os representasse”, explicou a diretora dos museus, adiantando que “a mostra é uma oportunidade para que os visitantes possam estreitar laços com os produtores de cerâmica da região”.
Apesar da Mostra Mercado ter terminado, a cerâmica vai continuar passível de descoberta pelo público nos museus, lojas, ateliês, fábricas e espaço público, em conjugação com a cidade e os seus percursos turísticos, através do mapa “À Descoberta da Cerâmica”, com diversas atividades que decorrem até ao final de julho.
mpeza em algumas aldeias”, refere a autarca.
A presidente da junta afirma que “era-nos totalmente impossível, nestes seis meses de mandato, concretizar todos os trabalhos pretendidos, mais precisamente no que respeita à limpeza das populações habitacionais, mas não é por isso que vamos baixar os braços”.
Afirmando estar de “cabeça erguida”, garante que “somos uma equipa com grande espírito e força para avançar com todos os projetos apresentados no início do nosso mandato, e ainda mais que possam vir a ser concretizados”.
0 Comentários