O Ministério Público acusou um jovem de 20 anos e o pai, de 45 anos, de estarem envolvidos na morte de Soraia Sousa, de 18 anos, a 3 de outubro do ano passado, no largo junto à estação de caminhos de ferro de Martingança, no concelho de Alcobaça.
Natural e residente na Marinha Grande, a rapariga morreu na sequência dos ferimentos sofridos quando foi atingida na cabeça, após o disparo de vários tiros.
Na altura em que o crime se verificou a estação ferroviária de Martingança-Gare estava fechada, após a paragem do último combóio, cerca das nove da noite. Como o local é por vezes palco de “movimentações estranhas” relacionadas com tráfico de droga, o ruído anormal é que chamou a atenção dos populares, que ainda assim se mantiveram nas suas casas, sem sair para o exterior.
No entanto, conseguiram aperceber-se da deslocação de duas viaturas com luzes apagadas para direções opostas, que poderão estar relacionadas com o cenário visto a seguir: uma vítima prostrada no chão, de barriga para cima.
De acordo com o Ministério Público, o crime foi motivado por dívidas de droga, sendo o filho e o pai acusados de homicídio qualificado e detenção de arma proibida.
O rapaz está em prisão preventiva desde outubro, enquanto que o pai, considerado o instigador do crime, encontra-se em fuga e já foi emitido um mandado de detenção europeu.
Segundo a acusação do Ministério Público, a vítima conhecia os arguidos e teria para com eles uma alegada dívida relacionada com o tráfico de droga, superior a três mil euros. Como não pagou a maior parte da verba no prazo que lhe foi dado, foi executada, depois de suplicar para lhe alargarem o tempo de liquidação da dívida.
O Ministério Público aponta que foi o pai a entregar ao filho a arma carregada para matar a jovem e que foi o rapaz quem disparou.
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