O movimento “Caldas em Marcha” está a mobilizar-se para no dia 26 de junho realizar a Marcha do Orgulho LGBTQI+, com a qual pretende lutar pelos “direitos” da comunidade lésbica, gay, bissexual, transgénero, queer e intersexual.
Os ativistas referem que a sua missão é pôr as Caldas da Rainha em movimento por “um futuro seguro e digno que queremos assegurar”. Entre as exigências referem a luta por “direitos e condições de vida que permitem vidas dignas e seguras”, “locais de ensino que permitam a todas as pessoas jovens sentir a segurança e a plenitude”, o fim de “currículos de educação sexual binários e heteronormativos”, “um ensino antirracista, responsável, múltiplo, para todas as pessoas”.
Em comunicado, mencionam ainda que “a luta não vai parar enquanto não pudermos viver vidas seguras, dignas, respeitadas no nosso município ou em qualquer terra”, contestando “a eleição de um deputado de um partido de extrema-direita pelo distrito de Leiria”.
“Pomos Caldas em marcha para celebrarmos as nossas vidas, as nossas formas de existência e resistência. Pomos Caldas em marcha porque o orgulho é um protesto pelos direitos e condições que permitem vidas dignas e seguras: condições que ainda não temos e vidas que reivindicamos. As nossas existências, tantas vezes ignoradas, rejeitadas, estigmatizadas, aqui não o serão. Saímos em união e em apreciação de quem marcha ao nosso lado. Ocupamos o espaço público. Este é um dia para estarmos juntos, em festa”, sublinham.
“Lutamos por escolas que não representem uma constante ameaça às nossas vidas e bem-estar. Marchamos contra o conservadorismo que paira sobre o nosso concelho e que traz consigo um cinzentismo que não faz o nosso género. A luta por direitos LGBTQI+ é a luta por dignidade e condições no trabalho e no acesso a ele”, referem.
Outro dos propósitos da marcha visa o “acesso a cuidados de saúde para pessoas LGBTQI+, que ainda não são adequados às nossas necessidades”. “Precisamos de um SNS que consiga responder às necessidades de apoio psicológico da nossa comunidade – necessidade que advém da degradação da nossa saúde mental por sermos expostos a tantas violências, precariedades e inviabilizações. Precisamos de um SNS que consiga estabelecer, por todo o território, os serviços necessários ao acompanhamento e bem-estar de pessoas trans. Por agora, o que enfrentamos são tempos de espera avassaladores para consultas, cirurgias, hormonas, tudo. Exigimos um serviço de saúde que não nos trate como portadores de uma patologia ou anormalidade”, reclamam.
O ponto de encontro para dia 26 é às 16h30, no Skatepark, sendo que a manifestação se pretende mobilizar até à Praça da Fruta. No entanto, até lá realizam-se várias reuniões abertas: 15 de junho, às 18h, no Parque D. Carlos I; 19 de junho, às 14h, no Parque D. Carlos I; 24 de junho, às 16h30, no Jardim da Água.
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