A ministra da Saúde anunciou que vai ser posto em prática “um plano de contingência” entre junho e setembro para procurar resolver a falta de médicos nas urgências hospitalares do país, como é o caso das Caldas da Rainha.
Marta Temido e o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Lacerda Sales, estiveram na segunda-feira reunidos de emergência com os diretores clínicos dos hospitais da área da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo mais afetados pela falta de médicos, que tem impedido que todas as escalas das urgências de ginecologia e obstetrícia sejam asseguradas nos últimos dias.
Houve igualmente reuniões com sindicatos e a Ordem dos Médicos sobre a “instabilidade do funcionamento” destes serviços.
A curto prazo, disse a ministra, o Governo vai avançar com um plano de contingência “com funcionamento mais articulado, antecipado e organizado das urgências em rede”.
Para resolver a falta de médicos em vários hospitais do país, que obrigou ao encerramento de urgências de obstetrícia ou a pedidos aos centros de orientação de doentes urgentes de reencaminhamento de utentes para outros hospitais, a ministra da Saúde anunciou a abertura de concurso para contratações de especialistas, focando a “precaução das questões remuneratórias”, um dos motivos que tem afastado os médicos, além do “apoio a quem está no terreno e às lideranças” dos hospitais.
Marta Temido reconheceu que houve “um problema específico ao longo dos últimos dias”, problema que – admitiu – “não é de hoje”. O problema é nas “escalas de urgência externa de obstetrícia” e agora o desafio é aumentar “a articulação para melhorar resposta a estes problemas”.
“Sabemos que, não sendo de hoje, estes problemas estão num momento mais agudo, depois de dois anos de pandemia”, disse a ministra.
Pedindo “tranquilidade social relativamente ao funcionamento do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, dizendo que “conseguiu responder a uma pandemia e será capaz de se reorganizar para responder”), Marta Temido admitiu “olhar para a formação de recursos na obstetrícia” e para já anunciou a “contratação de todos os especialistas que aceitem ser contratados pelo SNS”.
Contudo, adiantou que “infelizmente não temos médicos recém-formados suficientes nesta área”.
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