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Ex-alunos e professores da Raul Proença partilharam memórias e histórias da escola

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A sessão solene comemorativa dos 50 anos do Liceu, 40 anos da Escola Secundária Raul Proença e 10 anos do Agrupamento de Escolas, que decorreu no dia 4 de junho, no grande auditório do Centro Cultural e de Congressos (CCC) das Caldas da Rainha, foi marcada pelas histórias, memórias e olhares de ex-alunos e professores.

A sessão solene comemorativa dos 50 anos do Liceu, 40 anos da Escola Secundária Raul Proença e 10 anos do Agrupamento de Escolas, que decorreu no dia 4 de junho, no grande auditório do Centro Cultural e de Congressos (CCC) das Caldas da Rainha, foi marcada pelas histórias, memórias e olhares de ex-alunos e professores.

O primeiro painel de antigos alunos e professores, moderado por Cândida Calado e intitulado “O liceu no meu ADN”, contou com o padre Eduardo Gonçalves, o antigo diretor do Colégio Militar, José Feliciano, a vereadora Conceição Henriques (na qualidade de ex-aluna), o ex-diretor da Raul Proença, Jaime Sarafim, e a subdiretora da Direção Geral da Educação, Maria João Horta, também na qualidade de ex-aluna.

Mais brancos os cabelos, mas o brilhozinho nos olhos era igual ao lembrar os velhos tempos. E se havia coisas para recordar: as antigas instalações nos Pavilhões do Parque dando conta do “ambiente extraordinário” do Parque D. Carlos I, onde por vezes decorriam aulas ao ar livre no meio da natureza. A transferência para as atuais instalações ocorreu em agosto de 1982.

Cândida Calado falou da importância que o estabelecimento de ensino teve com o aumento de alunos nas Caldas, porque na altura só havia liceus nas capitais de distrito. Nos primeiros anos de funcionamento a maior parte dos alunos transitou do Colégio Ramalho Ortigão, único estabelecimento, de caráter privado, que possibilitava a frequência do ensino liceal nesta cidade.

O padre Eduardo Gonçalves manifestou que apesar das “grandes mudanças” ainda hoje ainda se revê no Agrupamento de Escolas Raul Proença. Começou a dar aulas na secção liceal em 1971, ano em que o estabelecimento de ensino começou a funcionar nos Pavilhões do Parque. A escola começou com cinco turmas. “Éramos um grupo de meia dúzia de professores, portanto, éramos uma família”, contou, recordando “o ambiente extraordinário do parque para dar aulas”. 

Em 1975, com autonomia em relação ao Liceu de Leiria, adquire a designação de Escola Secundária das Caldas da Rainha e em março do mesmo ano foi eleito o primeiro presidente do Conselho Diretivo, José Lalanda Ribeiro.

Além dos ex-docentes e estudantes presentes, foram gravados vários vídeos com testemunhos e transmitidos no grande auditório do CCC. Destaque para a mensagem de António Sales, secretário de Estado Adjunto e da Saúde, que frequentou a Raul Proença. “A escola, tanta vez a nossa primeira casa, é um dos sítios mais marcantes da nossa vida e parte do homem que sou hoje devo à passagem pelo antigo Liceu das Caldas da Rainha”, disse, agradecendo aos professores, auxiliares e colegas que o ajudaram a delinear o seu rumo de vida. Adiantou ainda que “a missão de serviço público na qual me revejo, hoje particularmente com responsabilidades acrescidas, foi também incutida neste liceu”. 

O segundo painel, moderado pelo diretor do agrupamento, João Silva, teve como tema “Futuro com História”. “Aqui na cidade muitos dos professores já trabalharam nas várias escolas da cidade e a qualidade que existe tem a ver com esta aprendizagem que fazemos uns com os outros”, disse o diretor.

Neste painel os convidados falaram com João Silva sobre a passagem para as novas instalações, no Bairro dos Arneiros, que teve um grande impacto nos alunos. O presidente da Câmara, Vitor Marques, que também foi aluno da Raul Proença, recordou que a mudança para a nova escola no décimo segundo ano foi complexa porque “apesar de nova, foi diferente e estranho”. “O que foi fantástico foi as pessoas serem as mesmas e isso ajudou na adaptação, e na altura parecia que o Bairro do Arneiros era noutro concelho, distante e longe”, apontou. Recordou ainda a importância que a escola teve para o “desenvolvimento do Bairro dos Arneiros”. 

Os professores, alunos e antigos alunos, Teresa Paulo, José Pimpão (ex-diretor da Raul Proença), Lina Carvalho, foram unânimes ao destacarem o sentimento de pertença e a qualidade e empenho dos docentes.

Edgar Ximenes, que está aposentado há dois anos, foi docente na escola secundária durante 35 anos (45 anos de profissão). Recordou que na altura em que iniciou “havia muita falta de professores, como começa a haver outra vez”. “Então, qualquer gato pingado que tivesse passado pelo ensino superior, mesmo que não fosse completo, tinha lugar numa escola”, contou. Confessou ser um “apaixonado pela química laboratorial” e destacou a necessidade de os professores terem “sentido de humor”. “Dar aulas sem humor é como um jardim sem flores”, relatou.

O diretor do Agrupamento de Escolas Raul Proença disse que “durante tempos a escola preocupava-se com o ensinar, depois passámos para o paradigma do aprender e agora estamos muito na questão dos afetos”. Falou da importância de concretizar “os sonhos de cada um, contrariando o ensino de massas”. Destacou ainda a “cultura de escola, o rigor no ensino, mas também a formação integral dos alunos”.

Para o diretor, há a necessidade de “obras para conseguir instalações mais modernas, nomeadamente na Escola Secundária Raul Proença”, cujo projeto de reabilitação está a ser feito em conjunto com a autarquia.

O presidente da Câmara destacou a abertura que a escola tem vindo a fazer à comunidade e a “interagir com todos”, um caminho que considera importante. Referiu ainda a falta de professores nas escolas.

A sessão solene comemorativa contou com a atuação da Escola Vocacional de Dança de Caldas da Rainha, Academia de Música de Óbidos e a atuação musical Cantar em Alemão do Agrupamento de Escolas Raul Proença.

Exposição Casa dos Barcos

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Exposição “O AE Raul Proença no meu ADN”

“O AE Raul Proença no meu ADN”, é como se designa a exposição que esteve patente na Casa dos Barcos, no Parque D. Carlos I. A mostra, integrada nas comemorações que a escola está a promover devido ao aniversário, expôs um livro de atas sobre a criação do estabelecimento.

Um grupo da escola ligado às artes recolheu trabalhos dos alunos e fez um levantamento de notícias publicadas nos jornais, entre eles o Jornal das Caldas. Estavam expostos trabalhos em madeira, cerâmica, entre outros materiais, que mostraram a oferta variada do agrupamento.

A exposição permite lembrar o passado, mas também mostrar o futuro, através dos trabalhos artísticos de vários ciclos de ensino.

Estiveram ainda expostos trabalhos que resultam de parcerias com outras entidades, como é o caso da cerâmica, em que há uma parceria com a Molde, ou com a ESAD.CR, para a criação dos trabalhos em serigrafia.

Também esteve patente a medalha de honra da cidade, atribuída este ano ao agrupamento.

Das comemorações do aniversário decorreram ainda um “convívio anos 80” e a iniciativa “Jazz Diz Tudo”.

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