A morte de um bebé no hospital das Caldas da Rainha após uma cesariana de urgência vai ser alvo de um inquérito, aberto pela administração para apurar as circunstâncias em que aconteceu, na madrugada do passado dia 9, e averiguar eventuais responsabilidades médicas.
O caso foi também participado à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde, instância de controlo da prestação de cuidados de saúde, que vai agora determinar se houve relação da morte com o encerramento da urgência obstétrica para admissão de novos utentes, situação que se verificava na ocasião, ou se foi um ato médico suscetível de ter o desfecho que teve.
O serviço estava na altura com “constrangimentos no preenchimento da escala médica” e, por isso, a urgência obstétrica da unidade das Caldas da Rainha do Centro Hospitalar do Oeste tinha sido “encerrada” no dia 8, após a definição de circuitos de referenciação de doentes para outros hospitais.
Foi esta a informação que a administração comunicou à Comissão de Utentes, depois de interpelada sobre a morte do bebé.
De acordo com a Comissão de Utentes, a escala médica na obstetrícia do hospital em Caldas da Rainha “estava incompleta e os administrativos tinham orientações para não inscreverem grávidas”.
Dado o avançado estado da parturiente “perdeu-se tempo em discussão sobre como se deveria proceder e a grávida acabou por ir ao bloco, a fim de se proceder a uma cesariana de urgência, tendo o bebé morrido”.
A Comissão considera a situação “gravíssima” e pretende que sejam “apuradas urgentemente todas as responsabilidades”.
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