Os “Dias Abertos” do Agrupamento de Escolas Rafael Bordalo Pinheiro decorreram a 17 e 18 de maio, na escola sede. “Dois dias de muitas atividades com o objetivo de dar a conhecer a escola e a sua oferta educativa e abertas a toda a comunidade, em que predominou o espírito de família”, disse ao JORNAL DAS CALDAS a diretora do agrupamento, Maria do Céu Santos.
“Foi dada uma visibilidade aos trabalhos dos alunos que não se consegue em tempo de aulas”, indicou Maria do Céu Santos.
Destaque para a área da química e física, onde os estudantes dinamizaram várias experiências para os alunos mais novos visitantes, nomeadamente das Escolas D. João II e de Santa Catarina. “Aqui os jovens também treinam as competências comunicativas, explicando a forma como fazem a experiência, o que é importante”, apontou a diretora.
O laboratório de biologia voltou a promover uma atividade com algas e insetos. “Pretendemos mostrar algumas potencialidades dos insetos, não só o seu papel no ecossistema, a sua vivência em sociedade, mas também como percecionam o exterior. Por exemplo, as formigas são cegas, orientam-se através dos cheiros, enquanto as moscas têm uma visão multifacetada”, explicou ao JORNAL DAS CALDAS Ana Bento, professora de Biologia.
Também promoveram os insetos a nível da potencialidade que têm na alimentação. “É vulgar em muitos países e em Portugal estamos agora a começar a explorar esta potencialidade que é a exploração dos insetos na alimentação, que não só são riquíssimos a nível nutricional, mas com uma pegada ecológica baixíssima”, afirmou a docente. Tiveram algumas amostras de insetos, onde os alunos puderam experimentar lavras com diferentes sabores, grilos, bichos da seda, entre outros.
Também difundiram os insetos na investigação, “a chamada mosca da fruta que tem sido há décadas um modelo experimental utilizado em estudos, principalmente a nível de transmissão de caraterísticas de genética e hereditárias”.
Uma das novidades dos “Dias Abertos” foi o artista leiriense Sal Nunkachov, que esteve na Escola Secundária a dar um workshop de cianotipia, uma técnica antiga, anterior à fotografia, e que consiste em, manualmente, conseguir imprimir negativos monocromáticos. Foi, segundo a diretora, uma atividade muito interessante e que teve muita adesão.
No auditório da escola aconteceu a simulação de um julgamento sobre violência doméstica e no namoro, no âmbito da atividade “Justiça para todos”, com Carlos Querido, juiz desembargador.
Isabel Castanheira foi falar de Rafael Bordalo Pinheiro, houve atividades desportivas, torneios, demonstrações dos bombeiros, pinturas faciais, modelação de balões e técnicas de expressões plásticas com os alunos dos Cursos de Apoio à Infância e de Ação Educativa.
O curso profissional de Técnico de Audiovisuais, uma das ofertas formativas, fez o registo fotográfico.
Está a decorrer o procedimento do concurso para eleger a nova diretora do agrupamento, uma vez que Maria do Céu Santos vai cessar funções em julho.
A diretora faz um balanço muito positivo dos 8 anos à frente do agrupamento que “é hoje uma referência, com uma excelente imagem e ensino de qualidade”. “Saio com sentimento de missão cumprida”, salientou, referindo que ao longo do seu percurso sempre primou pelo “rigor, dedicação, profissionalismo e inovação na construção do processo educativo, bem como pela relação de proximidade com toda a comunidade educativa”.
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