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Parque de campismo da Câmara concessionado a investidor privado

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O Parque Municipal de Campismo e Caravanismo e Parque Aquático de Peniche vão ser explorados por um concessionário e será feito um investimento superior a 22 milhões de euros para requalificar o espaço e desenvolver um projeto ambicioso que pretende impulsionar o interesse turístico, numa obra que se estima se estenderá por seis anos e que pode vir obrigar os atuais ocupantes a retirar as rulotes para que os trabalhos decorram.
Haverá obras no parque e os atuais utentes desconhecem se vão permanecer

O Parque Municipal de Campismo e Caravanismo e Parque Aquático de Peniche vão ser explorados por um concessionário e será feito um investimento superior a 22 milhões de euros para requalificar o espaço e desenvolver um projeto ambicioso que pretende impulsionar o interesse turístico, numa obra que se estima se estenderá por seis anos e que pode vir obrigar os atuais ocupantes a retirar as rulotes para que os trabalhos decorram.

A empresa Vale Paraíso Empreendimentos Turísticos, gestora da marca Ohai Outdoor Resorts e concessionária de outro parque na Nazaré, foi a única participante no concurso público lançado para a concessão durante 25 anos e passa a gerir o parque a partir de junho, pagando uma renda de 750 mil euros anuais à autarquia, que em janeiro deste ano aprovou o arrendamento dos parques, numa decisão por maioria, com quatro votos a favor dos membros eleitos pelo Grupo de Cidadãos Eleitores Por Peniche e pelo PS, e três votos contra, dos membros eleitos pelo PSD e pela CDU.
Segundo a agência Lusa, encontra-se em fase de aprovação na Câmara um projeto que visa requalificar o parque de campismo para um espaço especializado em turismo de qualidade, com infraestruturas que respeitam a natureza e que permitirão a sua fruição o ano inteiro, respondendo às necessidades levantadas pela Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica (ASAE), que chegou a encerrar o parque de forma temporária.
O Município decidiu concessionar o parque a um privado por não conseguir efetuar melhorias, calculadas em 4,5 milhões de euros. O investimento será agora de dezasseis milhões de euros no parque de campismo e seis milhões de euros no parque aquático.
Numa área de 12,6 hectares de terreno à entrada da cidade, vai ter zonas para caravanas e autocaravanas, áreas de alojamento com ‘glampings, domes e mobiles’, enquanto o parque aquático vai dispor de piscinas interiores e exteriores, ‘tobogans’, estação de bicicletas e de ‘surf’, zona infantil e campos de padel. Existirão ainda parques de futebol e de salto, bem como zona de sauna, jacuzzi e SPA.
A alteração da rede elétrica, comunicações, rede de abastecimento de água e saneamento, reformulação da rede de combate a incêndios, introdução de novas tecnologias como painéis solares fotovoltaicos ou térmicos, a remodelação de balneários, cozinhas e outros espaços, e a criação de novas zonas verdes, são medidas a implementar.
Os atuais funcionários vão manter-se em funções, passando todas as suas obrigações para a empresa, com a qual vão trabalhar a título experimental durante um ano, mediante licença sem vencimento do município, e depois terão de decidir a que quadro de pessoal querem pertencer.
Vários utentes queixaram-se que, de modo informal, têm sido informados pelos funcionários de que terão de retirar as rulotes até final de setembro, alegadamente por causa das obras. Numa carta enviada à Câmara e à Assembleia Municipal, a caravanista Susana Costa reclama pelo “direito à informação”.
“Lamentando profundamente a total ausência de respeito e comunicação por parte do proprietário estamos a aguardar uma comunicação com informação e esclarecimento da parte da Câmara Municipal de Peniche aos caravanistas que mantêm os seus equipamentos todos os meses do ano no Parque e que são contribuintes líquidos”, transmitiu.
Para a caravanista é “uma manifestação clara de indiferença para com famílias que ao longo dos anos têm contribuído a nível financeiro para a autarquia e toda a cidade de Peniche”.
“Somos tratados como se toda aquela área não passasse de terreno, como se não existissem várias centenas de caravanas estacionadas e a pagar mensalidades”, referiu.
À agência Lusa, o promotor alegou que só em junho assume a gestão do parque, enquanto que o município esclareceu que “a decisão sobre a retirada dos equipamentos para a realização de obras, respetivas condições e nova alocação dos espaços caberá ao arrendatário, sendo que a movimentação dos equipamentos é da responsabilidade de cada proprietário”.
“Caberá ao investidor determinar se o período de realização de tais obras implicará o encerramento parcial ou total do parque e a saída ou deslocação de caravanistas”, acrescentou.
O atual regulamento do parque define que o encerramento da instalação ou suspensão do período de utilização por motivo de realização de obras não confere qualquer dedução ou devolução do preço de utilização.
O aumento da procura por Peniche enquanto destino de surf tem contribuído para a subida no número de dormidas.
Atualmente com capacidade para duas mil pessoas, o parque de campismo teve 34 mil utentes em 2019, sendo 25 mil nacionais e nove mil estrangeiros, o que gerou um volume de negócios de 648 mil euros.

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