A comissão política de secção do PSD das Caldas da Rainha rejeita o discurso do presidente da Câmara na cerimónia de entrega de medalhas, onde são feitas referências à gestão do anterior executivo PSD, e em comunicado transmitiu a ideia de que o autarca eleito pelo Vamos Mudar teve uma atitude de “dividir em vez de unir”.
“O feriado municipal de 15 de Maio tem sido até à data um momento de festa, de exaltação da cidade, de união de todos e de apontar caminhos relevantes para o futuro. Foi assim com surpresa negativa que assistimos ao discurso do presidente da Câmara. Foi pouco mais do que um relatório de atividades, sem oportunidade de contraditório, quando poderia ter sido apresentado na Assembleia Municipal. Não foi assim oportuno”, lê-se no comunicado assinado pelo presidente do PSD das Caldas da Rainha, Daniel Rebelo.
O social-democrata aponta ainda que “a intervenção apresenta as medidas em desenvolvimento como se fossem novidade, ou seja, não faz em nenhum momento referência que já estavam anteriormente em curso, como sejam a Carta Educativa Municipal, o Plano de Pormenor do Centro Histórico, a revisão do Plano Diretor Municipal a Estratégia Municipal de Habitação, o Plano de Pormenor da Área Empresarial de Vidais, entre outras”. Ou seja, “puxa de galões que não são maioritariamente seus”, sustenta o PSD.
Diz também que “eventuais dificuldades financeiras não são verdade”, uma vez que “não são mais do que procedimentos normais de gestão”.
“A situação financeira da Câmara Municipal é sólida e das melhores de sempre. O mandato transitou com mais de 10,5 milhões nas contas. Mais de 7 milhões na Câmara e mais de 3,5 milhões nos Serviços Municipalizados. O Relatório de Contas de 2021 aprovado na Assembleia Municipal devidamente auditado refere que o ano transitou também com mais de 10 milhões. A dívida que transitou é das mais baixas de sempre. Os compromissos referidos na intervenção são muito reduzidos relativamente aos valores que estão em causa. De tal maneira a gestão do PSD era sólida e sustentável, que no mês de junho, quando receber o IMI, o atual presidente da Câmara vai poder gerir o maior saldo de sempre”, manifestou o PSD, que contra-ataca: “O atual executivo pretende desculpar a sua pouca dinâmica e incapacidade de realização com o executivo anterior, sem qualquer fundamento. Que fique claro! Não é por falta de dinheiro que a Câmara deixará de fazer obra e realizar festividades atrativas e de relevo nacional”.
Fazendo o balanço de meio ano em funções, no discurso que fez no Centro Cultural e de Congressos no Dia da Cidade, Vitor Marques disse que o novo executivo “procurou apurar com rigor a real situação financeira do município, uma vez que a tão propalada sanidade das contas municipais não tinha exata correspondência com a situação que encontrámos”.
O presidente da Câmara deu como exemplos os pagamentos que o atual executivo realizou para regularizar “os valores em dívida aos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento na ordem de um milhão de euros e o atraso na ordem das centenas de milhares de euros, sobretudo na área da educação e dos apoios ao associativismo”, para além do “acordo firmado com a empresa Águas do Vale do Tejo para liquidação de um valor em disputa, há anos, de quase um milhão de euros”.
Para além disso, “constatámos também a existência de um montante global de dívidas ao Município como credor, na ordem dos 400 mil euros”, indicou Vitor Marques.
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