O Serviço Municipal de Proteção Civil das Caldas da Rainha está consciente da ameaça que a vespa asiática representa para apicultores, saúde pública e biodiversidade. De modo a minimizar esta situação, tem nos últimos dois anos distribuído armadilhas pelos apicultores e colocado outras em locais estratégicos na cidade e concelho.
Ao JORNAL DAS CALDAS, Gui Caldas, coordenador municipal de Proteção Civil, disse que os “resultados têm sido positivos no controlo da vespa asiática, uma vez que tem diminuído o número de ninhos, mas é preciso continuar com a estratégia das armadilhas”.
De salientar que no ano de 2021 foram identificados e eliminados 106 ninhos no concelho e este ano até ao momento 12 ninhos. Estes insetos têm a sua atividade máxima durante o verão, quando atacam em massa as colmeias.
Com o objetivo de continuar na prevenção e controlo da vespa velutina no território do Município das Caldas da Rainha, o Serviço Municipal de Proteção Civil com o apoio da Comunidade Intermunicipal do Oeste (OesteCim), realizou no passado dia 22, no auditório da Câmara das Caldas, uma ação de sensibilização relativa a temática da vespa asiática, onde estiveram presentes 30 apicultores do concelho.
Nesta ação, também aberta ao público em geral, foram abordados alguns temas como a identificação da espécie, ciclo biológico, deteção e desativação de ninhos, impactos nos ecossistemas e na apicultura, vulnerabilidades, métodos de captura e eliminação, entre outros.
O Serviço Municipal de Proteção Civil vai este ano instalar estrategicamente 260 armadilhas para combater a vespa velutina, devidamente identificadas e monitorizadas.
Nesta ação de sensibilização foram entregues 150 armadilhas e iscos para combate à vespa aos cerca de 30 apicultores do concelho das Caldas da Rainha.
Segundo Gui Caldas, esta medida é uma das “ações do plano “STOP vespa_RL- Plano Intermunicipal de prevenção e controlo da vespa velutina na nossa região e financiado pelo Fundo de Coesão”.
A vespa velutina, mais conhecida por vespa asiática, é uma espécie invasora que representa uma ameaça tanto para as abelhas, como para os humanos. Originária da Ásia, não se sabe ao certo quando chegou a Portugal, mas o primeiro avistamento de um ninho deu-se em 2011, em Viana do Castelo, e desde então tem vindo a deslocar-se para sul, havendo já registo da sua disseminação por todo o país.
Nas Caldas há cerca de quatro anos que se registam ninhos de vespa asiática, cujo controlo tem vindo a ser garantido pelo Serviço Municipal de Proteção Civil. Este ano conta com o apoio da OesteCim.
As armadilhas instaladas permitem capturar as fêmeas fundadoras, “antes da formação de novos ninhos, permitindo a redução do número de ninhos e, consequentemente, evitar a reprodução e o aumento exponencial do número de vespas asiáticas adultas”, explicou o coordenador da Proteção Civil.
Gui Caldas defende que estas ações sejam replicadas em outras zonas do país, porque só assim se conseguem ter resultados mais positivos.
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