A mudança de localização do quartel para uma zona mais acessível, a renovação do parque automóvel, bastante envelhecido, melhores condições materiais e equipamentos, são algumas das necessidades elencadas pelo novo comandante dos bombeiros voluntários da Nazaré, que tomou posse na passada segunda-feira.

O responsável tem consciência que o espera muito trabalho, mas garantiu ter “a mesma vontade e tenacidade de fazer o que fiz em 2001 quando assumi as minhas funções de quadro de comando”.

“O amor a esta causa que vem dos meus quatro anos, obriga-me a ser assim, exigente comigo próprio, dedicado, solidário, humanista, amigo dos meus homens e mulheres que constituem este corpo de bombeiros e sobretudo responsável. Este é o meu jeito de ser e o meu compromisso”, manifestou.

Mário Cerol começou a sua caminhada nos bombeiros em 1989. Comandou a corporação de Alcobaça entre 2004 e 2017, foi presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Leiria, de 2012 a 2015, segundo comandante distrital de operações de socorro entre 2017 e 2019 e é desde novembro de 2019 o coordenador do Serviço Municipal de Proteção Civil da Nazaré.

O alcobacense, que foi indigitado pela direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Nazaré, sucede a João Paulo Estrelinha, comandante que abandonou o cargo alegando “incompatibilidades” com metodologias e objetivos.

O novo comandante tomou posse numa cerimónia em que falou em “compromisso, responsabilidade e gratidão” pelo convite para assumir estas funções, aproveitando para enumerar as necessidades da corporação, composta por 42 bombeiros, em recursos humanos e materiais, nomeadamente ao nível do parque automóvel, com algumas viaturas a atingirem os 30 anos de serviço, e do equipamento individual dos voluntários, que, no seu conjunto, dificultam a participação em teatros de operações fora do território concelhio.

Também a localização do quartel é para Mário Cerol, um assunto a rever num futuro próximo. “O espaço físico atual é curto para os bombeiros. A localização geográfica é um constrangimento. Temos necessidade de sair para junto de vias de comunicação”, declarou, acrescentando que para suprir as atuais limitações de atuação da corporação, em particular em dias de eventos ou épocas altas, será necessária a criação de “uma segunda EIP – Equipa de Intervenção Permanente”, que garanta o socorro às ocorrências diárias e o apoio às iniciativas que mobilizam multidões para o concelho.

Em relação à EIP, está para breve a aprovação, revelou o presidente da Câmara da Nazaré, Walter Chicharro, que apontou que “o Município tem sido dos parceiros mais importantes para a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Nazaré” e assegurou que a autarquia continuará a colaborar com os bombeiros de acordo com a disponibilidade de tesouraria.