O projeto solidário “Somos Ucrânia”, organizado pelos alunos do curso de Cozinha e Pastelaria do Instituto de Emprego e Formação Profissional de Santarém, que funciona no Coto, juntamente com o chef Samuel Sousa, promoveu na passada quinta-feira um almoço solidário para a comunidade ucraniana refugiada nas Caldas da Rainha. A ação vai repetir-se no dia 13 de maio no Bombarral.
A iniciativa, que decorreu na Casa dos Barcos, no Parque D. Carlos I, contou com um menu de degustação, que representou a “história de um refugiado, desde a fuga até ao país de acolhimento”, explicou o chef Samuel Sousa, responsável pela ação. Essa história, que é contada através de imagens, mas também através do paladar e do tato, foi servida em seis pratos, que por sua vez representam “seis fases de um refugiado”.
Do menu de degustação, que foi preparado e servido por 16 alunos aos refugiados ucranianos, constou a “ameaça”, prato tipicamente ucraniano composto por cereais e flores, o “medo”, composto por tosta e peixe, a “fuga”, sopa de beterraba, a “fronteira”, broa de milho com sardinha, o “acolhimento”, bacalhau com pão, e por último, “a esperança”, um doce ucraniano com arroz doce, sendo “aquilo que podemos dar a cada refugiado que se encontra nas Caldas da Rainha”.
Toda esta ação, segundo o chef, deveu-se ao facto de “existir a possibilidade de acolher refugiados no Coto, e como tal começámos a pensar de que modo podíamos contribuir para proporcionar um melhor acolhimento à comunidade ucraniana”. Nesse sentido pensaram em “sensibilizar as pessoas através de duas grandes artes, uma que é gastronómica e outra através da imagem, com a fotografia, e criar um evento para os refugiados”, sublinhou.
Além disso, os alunos tentaram preparar “uma história feliz para contar em forma de confeções gastronómicas, com objetivo de sensibilizar para a necessidade de ajudar e entender o próximo”. Contudo, “o mais importante é o amor e a solidariedade, e é isso que tentamos transmitir através da arte da confeção”.
A par do almoço solidário também foi apresentada uma exposição de fotografia de Ricardo Bastos, que consiste “na imagem dos pratos confecionados e servidos à comunidade”, e ainda foi oferecido à comunidade ucraniana presente um livro de receitas tradicionais portuguesas traduzidas.
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