A temperatura agradável levou milhares de pessoas à Nazaré no passado fim de semana. As unidades hoteleiras ficaram com a lotação esgotada devido à grande afluência de turistas, sobretudo espanhóis.
Na sexta-feira e no sábado o bom tempo ajudou a encher a Nazaré. No domingo, a temperatura desceu, mas houve na mesma muitos turistas a passear pela vila e no areal da praia, e os hotéis e alojamentos locais lotados.
Vitor Costa, de 56 anos, veio de Mangualde e disse que “é habitual vir com alguns familiares à Nazaré nesta altura da páscoa, porque encontramos uma paisagem diferente. Está bom tempo e a comida é boa. Estamos a gostar e as centenas de quilómetros que percorremos valem a pena”.
Carlos Rauch, de 33 anos, de Vigo (Espanha), comentou que “é a quarta ou quinta vez que venho à Nazaré e como gostei vim com a esposa e filho. O que me atrai é ser uma zona tranquila é o tempo ajuda. Temos a praia e a comida fantástica à base do pescado e marisco. Ficamos três dias e também queremos ir a Peniche”.
A gastronomia foi um dos motivos de atração. Os restaurantes não tiveram mãos a medir para tanta procura. Que o digam, por exemplo, os donos de “O Casalinho”, na Praça Sousa Oliveira, onde para comer convinha ter mesa marcada e mesmo assim havia espera. Mas pelos pratos servidos, muitos não se importaram.
Animação também não faltou na Nazaré, com folclore e jogos tradicionais, que alegraram o cenário já por si atrativo da vila. Houve animação no Mercado Municipal e pelas ruas, atuação da Fanfarra dos Bombeiros Voluntários da Nazaré na Pederneira, Sitio e praia, comboio turístico, festival do Rancho Folclórico Tá-Mar com grupos folclóricos convidados (Rancho Folclórico do Carregado, Rancho Folclórico S. Pedro da Raimonda, Rancho Folclórico S. João do Casal de Comba e Rancho Regional de S. Salvador da Folgosa), desfile e atuação do Grupo Etnográfico Danças e Cantares da Nazaré, e insufláveis na Praça Sousa Oliveira e Varandas da Nazaré, numa organização da Associação Comercial, Industrial e de Serviços da Nazaré.
Por iniciativa da Câmara foram recriadas diversões de outras gerações e recuperados jogos tradicionais, como a banca, a bilha ou o peão.
Sendo a Nazaré uma vila com tradição religiosa, também não faltaram iniciativas relacionadas com a páscoa, como por exemplo a encenação da peça de teatro “Sexta-feira de Paixão”, da autoria do autor nazareno Fernando Ybarra, que evoca tradições e histórias locais, passadas nas ruas, esquinas e na epopeia da pesca do bacalhau. A peça foi representada no Centro Cultural da Nazaré pelos componentes do Grupo Etnográfico Danças e Cantares da Nazaré.
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