A assembleia geral do Montepio Rainha D. Leonor (MRDL) aprovou o orçamento, plano de ação e de atividades para 2022, apresentada pelo Conselho de Administração. A aprovação foi feita por maioria, com cinco votos contra, em reunião que decorreu no dia 30 de março nas novas instalações da associação mutualista, na Rua Columbano Bordalo Pinheiro, com a presença de 42 associados.
A associação mutualista apresentou um saldo negativo de 512 mil euros em 2021, segundo o relatório de contas. Um pior resultado comparativamente ao saldo negativo de 408 mil euros de 2020. Isto porque o Conselho de Administração optou por não vender no ano passado três apartamentos (vendeu só um) do Condomínio Residencial (140 mil euros cada), quando em 2020 a direção vendeu quatro imóveis.
O plano de ação e orçamento agora aprovados prevê, para 2022, um saldo negativo de 93 mil euros (com a venda de dois apartamentos do Condomínio Residencial).
Este foi o primeiro orçamento e plano de ação integralmente gizado por este conselho de administração, que tomou posse em maio do ano passado e que segundo o presidente da direção, Francisco Rita, tem agora a oportunidade de pôr em prática as suas opções “ainda que condicionadas com todos os fatores exógenos e com as prudência que os tempos exigem”.
Segundo o orçamento e plano de ação para 2022 a consolidação das atividades do MRDL poderá gerar um volume de vendas e serviços prestados projetado em 6.935.083,44 euros (incluindo a quotização e ainda que estrategicamente é desejo manter o atual conjunto de apartamentos na esfera patrimonial do MRDL).
O volume de subsídios à exploração e doações estão calculados em 422 mil euros.
Quanto aos gastos com o pessoal, calculados em 3.720.196,13 euros, contemplam a atualização do salário mínimo nacional para os 705 euros e integram ainda, o que não acontecia em anteriores demonstrações de resultados, a remuneração auferida pelo conselho de administração.
Dar-se-á continuidade ao ciclo de formação iniciado em 2019, estando previstas outras ações num ciclo formativo de 3 anos.
Estão reconhecidos encargos financeiros no montante de 35.875,00 e 45.000,00 euros de juros referentes aos financiamentos do edifício para a nova clínica e terreno “Caldeano”, sendo que terminará em outubro o período de carência relativo ao financiamento do edifício para a nova clínica.
Tendo em conta a autorização já concedida pela assembleia geral para a alienação do terreno e da casa no Campo e tendo consciência dos riscos e atos de vandalismo e degradação acelerada a que está sujeita, a administração vai promover a sua venda, publicitando a mesma no valor de 160 mil euros, que a concretizar-se a respetiva mais-valia concorrerá para a melhoria dos resultados.
Sendo o MRDL atualmente proprietário de 41 frações das 97 que compõem o Condomínio Residencial, Francisco Rita destacou o facto de ter-se chegado a um consenso para a partir deste ano “os condomínios começarem a suportar parte das despesas deste equipamento, tendo em consideração as respetivas permilagens”.
Quanto à informação sobre o processo da nova clínica, o dirigente esclareceu que “a parceria que o MRDL estabeleceu com o Grupo Luz Saúde é de apoio à área médica (consultas, internamento e fornecimento de equipamentos) para facilitar o contacto entre os profissionais de saúde”. “Se houver uma situação complexa no podemos enviar o doente diretamente para um hospital do grupo privado”, explicou.
Revelou ainda que o conselho de administração continua a desenvolver o projeto para a nova clínica no edifício da EDP para que haja “condições de podermos concorrer aos fundos comunitários que possam existir para a área social”.
Na sessão foi também aprovado com uma abstenção o relatório de gestão de contas de 2021.
O MRDL tem atualmente 7051 associados.
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