A 29ª Volta a Portugal do Futuro/2º Grande Prémio CMTV em Ciclismo vai para a estrada na próxima quinta-feira, partindo das Caldas da Rainha. Até domingo serão percorridos cerca de 550 quilómetros na região centro do país, pelos 117 corredores e 18 equipas participantes.
O evento velocipédico foi apresentado na passada segunda-feira no Museu do Ciclismo, nas Caldas da Rainha, de onde parte a etapa inicial daquela que é considerada a mais importante prova de ciclismo para o escalão sub23. É daqui que podem aparecer os campeões do futuro.
“É a antecâmara daquilo que é o ciclismo profissional e os principais valores do escalão sub23 terão aqui uma espécie de prova dos nove daqueles que terão ou não condições de singrar ao mais alto nível”, manifestou Joaquim Gomes, diretor da prova e vencedor da primeira edição da Volta a Portugal do Futuro, em 1993.
“Se desportivamente as 18 equipas presentes representam a garantia de uma acesa competição, o território escolhido para o desenrolar da mesma será o palco de excelência para distinguir os mais promissores”, adiantou.
“Agrada-nos ser uma prova de formação”, referiu o presidente da Câmara das Caldas, Vitor Marques, que contou ao JORNAL DAS CALDAS que o município aderiu a esta prova porque “temos o Museu do Ciclismo, do qual o grande campeão Joaquim Gomes é o presidente da Assembleia Geral”.
Por outro lado, relatou, “Caldas da Rainha tem ganho projeção devido aos excelentes resultados internacionais nesta modalidade do ciclista caldense João Almeida”.
Para além disso, “o ciclismo é uma modalidade que tem um enraizamento nas Caldas da Rainha, com bastantes atletas, e julgamos assim poder ajudar a dinamizar e promover esta prática”.
“Deste modo temos a ambição, que nos parece normal pelas razões descritas, de fazer parte de provas ciclísticas”, sustentou Vitor Marques.
A promoção do território da região centro leva as autarquias a apoiarem a prova. Para além de Caldas da Rainha, Abrantes, Lousã, Águeda, Ovar, São Pedro do Sul, Gouveia e Castelo Branco são os concelhos com partidas e chegadas, passando a prova por 35 dos 100 municípios da região, que assim ganham projeção turística.
A etapa inaugural vai sair às 12 horas desta quinta-feira da Avenida General Pedro Cardoso, junto à Comunidade Intermunicipal do Oeste, terminando em Abrantes, localidade com a qual Caldas da Rainha tem afinidade. “São irmanadas”, contou o diretor do Museu do Ciclismo, Mário Lino, descrevendo a relação assente no maestro Carlos Silva, um abrantino que veio para as Caldas e que estabeleceu um grande intercâmbio cultural entre os dois concelhos, razão pela qual têm ambos ruas com os nomes de cada município.
Este ano a competição desenrola-se em simultâneo com o 2º Grande Prémio CMTV, numa parceria entre a Podium Events, a quem a prova está concessionada, e o Grupo Cofina, que detém a propriedade da CMTV, Correio da Manhã, Record, entre outros títulos. A mediatização do evento aumenta a sua importância, sustentou José Soares, diretor da Federação Portuguesa de Ciclismo, para quem “a valorização da prova” se concretiza com “a ligação da organização a um grupo de comunicação com a capacidade da Cofina”.
Para além da vitória individual na geral (camisola amarela), quem vencer a classificação por pontos vestirá a camisola verde, o rei da montanha vai envergar a camisola azul e ao melhor mais novo entre os mais jovens nascidos até 1 de janeiro de 2002 será entregue a camisola branca.
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