Jorge Mangorrinha faz o lançamento do seu próximo livro no dia 2 de abril, pelas 16h30, no Café Concerto do Centro Cultural e de Congressos das Caldas da Rainha. É um ensaio sobre política e cidadania, com base na sua experiência autárquica iniciada precisamente há duas décadas nas Caldas.
No dia 2 de abril perfazem 21 anos sobre a apresentação pública do CLIC – Cidadania de Livre Iniciativa Caldense, cuja dinâmica levou Jorge Mangorrinha à Câmara para concretizar o Conselho da Cidade – Associação para a Cidadania e para “mostrar que seria possível um exercício autárquico diferente e mais criativo”.
O exercício do cargo eleito numa cidade média portuguesa deu origem a este texto, escrito no final de um mandato autárquico nas Caldas da Rainha (2002-2005) e com base na história, na experiência desenvolvida nas áreas do planeamento e do património, fazendo apelo à memória. O texto é agora revisitado pelo autor, quando cresce o papel dos independentes na esfera autárquica, por via autónoma ou integrados nas listas partidárias.
As páginas refletem os contextos e as propostas durante o exercício das funções, através de um caso concreto nascido a partir da organização cidadã. “Muitos destes temas e destas perspetivas apresentam-se atuais, tanto para o caso em questão, como para as cidades portuguesas. O legado desse tempo tornou-se num referencial e é um testemunho histórico, técnico e humanista do nobre exercício político e de ligação entre a política e a cidadania em prol do bem público. Este é um livro para quem vivencia o território deste concelho e, também, para quem se interessa pelo trabalho autárquico em termos gerais”, refere Jorge Mangorrinha.
O caldense, nascido a 1 de julho de 1965 na maternidade da Casa de Saúde do Montepio Rainha D. Leonor, estudou nas Caldas da Rainha até ingressar no ensino universitário. Tem um percurso profissional e académico multifacetado: licenciatura em arquitetura, mestrado em história regional e local (especialização em património), doutoramento em urbanismo e pós-doutoramento em turismo. Trabalha em Lisboa no urbanismo da Câmara Municipal, é docente, investigador e orientador de teses universitárias, em Portugal e no estrangeiro, e autor de obras que expressam a sua diversidade formativa, ensaística e profissional. Escreve textos de opinião, técnicos e científicos, bem como canções. Foi autor de diferentes propostas de planeamento turístico, bem como coordenador de conteúdos e gestor técnico da Parque Expo’98.
Foi agraciado com a Medalha de Mérito da Câmara Municipal das Caldas da Rainha, o Prémio José de Figueiredo da Academia Nacional de Belas-Artes e um louvor do Presidente da Câmara Municipal de Lisboa. Presidiu à Comissão Nacional do Centenário do Turismo em Portugal (1911-2011).
Durante o período pandémico recente, em diversos locais expôs pinturas realizadas com café, vinho, chá e licor, sobre toalhas de papel, porque “as pinturas são um desafio de abstracionismo que, por interpretação diversa do público e do próprio, se podem tornar em figurativo e simbólico, o que também tem qualquer coisa de cidadania, qualquer coisa de política”.
Politicamente, foi deputado e vereador nas Caldas da Rainha.
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