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Museu do Hospital e das Caldas

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Quando chegamos às Caldas da Rainha encontramos entradas sujas, descaraterizadas e sem nenhuma elegância arquitetónica. O mesmo ocorre com os monumentos do Parque Dom Carlos I, e os demais, dispersos pelo centro da cidade. Há, porém, um edifício que entristece qualquer apreciador de arte arquitetural: O do “Museu do Hospital e das Caldas”.

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Quando chegamos às Caldas da Rainha encontramos entradas sujas, descaraterizadas e sem nenhuma elegância arquitetónica. O mesmo ocorre com os monumentos do Parque Dom Carlos I, e os demais, dispersos pelo centro da cidade. Há, porém, um edifício que entristece qualquer apreciador de arte arquitetural: O do “Museu do Hospital e das Caldas”.

Não consigo compreender o que leva determinadas pessoas a macular (com expressões que de artísticas nada possuem), tão grotescamente e em toda a sua extensão, a fachada posterior daquele imóvel.
Vivemos numa época em que qualquer risco tosco é considerado uma obra de arte, porém, o que se vê naquelas paredes é ainda mais aberrante do que a pobreza estética vigente, não podendo ser chamada de arte urbana, fugindo do que se compreende como grafiti e entrando no banal conceito da pichação.
Nestes tempos mais recentes, onde a cultura caldense está entregue a devaneios popularescos, pode até parecer natural ver as paredes de um dos mais icónicos museus portugueses transformadas em sanita mental alheia. Esse tipo de “arte” diminui a imagem do concelho.
Caldas da Rainha, no ano de 2019, foi eleita “Cidade Criativa”, na categoria artesanato e artes populares. Com certeza, esse galardão não foi concedido graças a “exemplos artísticos de arte popular” como esses que se vêm nas paredes do citado edifício.
Local de extensas e importantes memórias – não apenas para a história do burgo, mas também, para um país que se anuncia protetor das artes e respeitador de tradições – é inadmissível que se encontre naquele estado.
Acredito que a entidade responsável pela manutenção do edifício não possua meios financeiros para estar, ininterruptamente, a pintar aquelas paredes, porém, não pode ser essa instituição a única a responder pela preservação e valorização do imóvel, também devemos atribuir essa preocupação à Câmara Municipal, pois, estamos a falar de um património edificado do concelho (aqui não cabe o jogo do empurra).
Vandalismo não é arte. O património arquitetónico do concelho é de todos nós. A beleza importa. Nesse campo dou total razão ao filósofo conservador Roger Scruton (1944-2020):
“Em qualquer tempo, entre 1750 e 1930, se se pedisse a qualquer pessoa educada para descrever o objetivo da poesia, da arte e da música, eles teriam respondido: a beleza. E se você perguntasse o motivo disto, aprenderia que a beleza é um valor tão importante quanto a verdade e a bondade. Então, no século XX, a beleza deixou de ser importante. A arte, gradativamente, se focou em perturbar e quebrar tabus morais. Não era beleza, mas originalidade, atingida por quaisquer meios e a qualquer custo moral, que ganhava os prémios. Não somente a arte fez um culto à feiura, como a arquitetura se tornou desalmada e estéril. E não foi somente o nosso entorno físico que se tornou feio: nossa linguagem, música e maneiras, estão ficando cada vez mais rudes, autocentradas e ofensivas, como se a beleza e o bom gosto não tivessem lugar em nossas vidas (…) Penso que estamos perdendo a beleza e existe o perigo de que, com isso, percamos o sentido da vida.”.
A perda do propósito da existência é notória na mente de alguns “artistas”. Aqueles gatafunhos na fachada posterior do “Museu do Hospital e das Caldas” são a prova disso.

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