Os tempos de pandemia parecem, finalmente, estar a ser ultrapassados, e nos próximos meses o Turismo do Centro irá prosseguir a estratégia de promoção da marca Centro de Portugal a nível nacional e internacional, recuperando os fluxos turísticos que foram interrompidos pela pandemia e captando visitantes de novos mercados.
Segundo o presidente do Turismo do Centro, continuarão a apostar na campanha “Aqui, entre nós”, que representa um sinal de “proximidade, de confiança e de intimidade”. “Continuaremos a apostar em campanhas fortes no digital e em algumas ações offline, assim como no apoio à realização de eventos que estejam em linha com a estratégia regional e nacional para o turismo”, explicou Pedro Machado.
No entanto, o responsável considera que a guerra na Ucrânia é uma ameaça “gravíssima à retoma do turismo”. “Apesar de a guerra estar a milhares de quilómetros de Portugal, um conflito no espaço europeu leva as pessoas a evitar ou a adiar as viagens programadas”, apontou, salientando ainda os efeitos económicos que o conflito “está já a gerar”. “O aumento brutal dos combustíveis, da energia e das matérias-primas vai tornar, necessariamente, as viagens mais caras”, afirmou, esperando que “seja possível uma solução diplomática que restabeleça o bom senso”.
“O turismo é a indústria da paz e do sorriso”, apontou, Pedro Machado, considerando que “este setor poderá dar um forte contributo, desenvolvendo ações de solidariedade que lhe são próprias, e com iniciativas que possam contribuir para restabelecer a paz mundial”.
Quanto à situação de seca que se vive em Portugal, o presidente do Turismo do Centro diz que todas as atividades relacionadas com o turismo devem preocupar-se com “os modelos de reaproveitamento da água, assim como outras medidas que têm em vista a racionalização e a sustentabilidade dos recursos”. A título de exemplo, revelou que “abriram recentemente candidaturas, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência, para o apoio à renovação e aumento do desempenho energético dos edifícios de serviços, aplicáveis igualmente a projetos de turismo”. Pretende-se que as medidas a apoiar conduzam a pelo menos “30% de redução do consumo de energia primária nos edifícios intervencionados e contribuir para a redução em 20% do consumo de água de abastecimento”. As candidaturas decorrem até ao dia 31 de maio ou até se esgotar a dotação de 20 milhões de euros prevista.
Para Pedro Machado, a sustentabilidade é, a longo prazo, determinante para a evolução do setor do turismo. “As atividades que não forem sustentáveis vão progressivamente ficar para trás nas escolhas dos consumidores”, salientou.
Um outro grave problema do setor “é a mão de obra na generalidade”. Segundo este responsável, “as unidades de alojamento e de restauração têm milhares de postos de trabalho por preencher, mesmo oferecendo condições mais atrativas do que há uns anos”. É para Pedro Machado, “um problema estrutural que merece a maior atenção por parte do próximo Governo e que só se resolverá com uma maior agilização no recrutamento fora do país”.
O Turismo Centro de Portugal está presente na BTL 2022 com um stand próprio. O presidente do Turismo do Centro pretende aproveitar esta “grandiosa montra turística para dar destaque a alguns dos principais produtos do Centro de Portugal, que estão em linha com as novas tendências do consumidor, em particular a natureza, o ecoturismo, o enoturismo, o turismo de bem-estar, o turismo industrial ou o nomadismo digital”.
Pedro Machado convida desde já “todos os “leitores a visitarem-nos no Stand 1A03, do Pavilhão 1 – Destinos Nacionais da FIL”.
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