O Montepio Rainha D. Leonor (MRDL) comemorou na passada sexta-feira o 162º aniversário com a inauguração da renovada unidade de otorrinolaringologia, um de “vários melhoramentos que a direção se comprometeu implementar com vista a proporcionar uma resposta mais eficaz e célere aos utentes”.
A associação mutualista tem já a funcionar esta nova área reservada à realização de consultas e meios complementares de diagnóstico e terapêutica do serviço de otorrinolaringologia, coordenada pelo médico especialista José Araújo Martins. O espaço, constituído por consultório, sala de terapia da fala e sala de exames, é a concretização do projeto de melhoramento. A valência funcionou 21 anos num espaço junto ao Montepio muito pequeno e sem acesso a pessoas com limitações funcionais.
A nova unidade fica agora no primeiro piso do edifício principal e apresenta novas valências e tratamentos. O investimento foi cerca de nove mil euros. “Reconvertemos uma antiga enfermaria que não estava em funcionamento na renovada unidade de otorrinolaringologia e assim conseguimos melhorar o serviço que já existia e criar novas oportunidades para tratar as pessoas e rentabilizar o espaço com um investimento mínimo”, explicou o presidente do conselho de administração da associação mutualista, Francisco Rita.
O responsável disse que colocaram no serviço o equipamento que já existia e que agora o intuito é melhorar. “Com as novas técnicas a implementar e com os novos médicos a trabalhar tem que haver um “update” a esse nível e é isso que estamos a trabalhar para que num curto espaço de tempo tenham equipamentos novos e possamos avançar para essas técnicas”, relatou.
O coordenador disse que o serviço novo está mais preparado para prestar todos os cuidados médicos. “Estamos todos coordenados e articulamos uns com outros para dar resposta ao diagnóstico e tratamento que um só não conseguia”, referiu José Araújo Martins.
A aposta é numa área de serviço de audiologia com exames mais diferenciados. “Queremos ajudar crianças com atraso de linguagem com exames de audiometria infantil que no outro espaço não se fazia”, disse o médico especialista da área, acrescentando que fazem também o Processamento Auditivo Central (PAC).
“É uma mais-valia para terapeutas da fala e pediatras, que vão poder ajudar crianças com dificuldade na aprendizagem e que até agora tinham que fazer as avaliações em Lisboa ou Santarém”, adiantou o coordenador do serviço.
A nova unidade tem ainda um serviço independente de prótese auditiva ou aparelho auditivo que, segundo José Araújo Martins, “trabalha com várias marcas comerciais de qualidade, em que podemos oferecer um tipo de equipamento a uma pessoa e outro a outra”.
O objetivo é ter uma reabilitação e tratamento mais personalizados, com uma equipa a “trabalhar para o bem-estar do doente”.
Na área cirúrgica, o especialista disse que “há muitas coisas que se resolvem de forma mais simples, sem o peso de uma cirurgia complexa, o que poderá ser feito na nova unidade”. “A Sociedade Portuguesa de Otorrino publicou em setembro de 2021 um guia de boas práticas para a realização de cirurgias em ambulatório com anestesia local e é algo que está a ser desenvolvido a nível nacional e nós estamos na linha da frente”, apontou.
O corpo médico é composto pelos clínicos José Araújo Martins (coordenador da unidade de Otorrino), Ana Paula Branco, Alfredo Luís, Rafael Gomes, Mário Santos e Peter Cordeiro.
O aniversário da instituição também foi assinalada com a entrega de medalhas de homenagem aos funcionários que fizeram 25 e 26 anos de serviço.
Houve ainda uma visita ao lar, cujas obras no interior terminaram. Segundo o dirigente da associação mutualista, os utentes estão já nos seus quartos e a instituição regressou ao funcionamento normal. O lar tinha 50 vagas e agora com as obras tem mais dez.
Unanimidade na assembleia de condóminos
Foi aprovada por unanimidade a proposta de orçamento para 2022 do Condomínio Residencial do Montepio- Residências Assistidas, que foi apresentada na Assembleia de Condóminos no dia 9 de março. “É com grande satisfação que anunciamos que houve unanimidade e isso envaideceu-nos”, salientou o dirigente da associação mutualista.
As residências são compostas por 97 frações, das quais 41 são propriedade do MRDL e 56 frações de outros proprietários. A partir de agora a responsabilidade pelo pagamento de despesas e encargos dos espaços comuns é dividido por todos os proprietários. “O valor da despesa de mais de 75 mil euros por ano sempre foi suportado unicamente pelo Montepio e agora vai ser dividido por todos os proprietários das fracções, o que é uma poupança significativa”, contou Francisco Rita.
Segundo o responsável, os proprietários dos apartamentos têm agora também a “possibilidade e o dever de questionar e participar nas decisões que vão ser tomadas relativamente aos espaços comuns do edifício”.
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