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Polémica política à volta de moção de solidariedade para com o povo ucraniano

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Uma moção de solidariedade para com o povo ucraniano, com a adoção de várias medidas, que foi aprovada na reunião de 28 de fevereiro da Câmara das Caldas, liderada pelo Movimento Vamos Mudar, está a criar polémica, com os vereadores do PSD a emitirem um comunicado a requerer que a declaração da vereadora da Ação Social, Conceição Henriques, que consideram ser “muito grave”, esteja relatada na ata.  
O hastear da bandeira da Ucrânia em frente à Câmara das Caldas provocou polémica

Uma moção de solidariedade para com o povo ucraniano, com a adoção de várias medidas, que foi aprovada na reunião de 28 de fevereiro da Câmara das Caldas, liderada pelo Movimento Vamos Mudar, está a criar polémica, com os vereadores do PSD a emitirem um comunicado a requerer que a declaração da vereadora da Ação Social, Conceição Henriques, que consideram ser “muito grave”, esteja relatada na ata.  

A polémica é causada ainda pelo facto de Conceição Henriques ter votado contra o hastear da bandeira da Ucrânia no edifício municipal (único ponto que não recolheu a unanimidade).

Segundo o comunicado dos vereadores do PSD, Tinta Ferreira, Hugo Oliveira e Maria João Domingos, “tendo em conta que na ata não constam todos os factos ocorridos, vêm os vereadores do PSD desta forma ditar para a ata desta reunião que os ‘os vereadores do PSD apresentaram uma proposta com o intuito de apoiar o povo ucraniano e nessa mesma reunião o senhor vereador do PS propôs a introdução de mais dois pontos: Voto de condenação da invasão à revelia do direito internacional e voto de solidariedade à Ucrânia, proposta prontamente aceite para integração da inicial’”.

No entanto, os vereadores do PSD dizem ter ficado espantados com a declaração da vereadora Conceição Henriques, que os deixou “sem palavras”.

Os social-democratas declararam que Conceição Henriques disse que “não concordo com a condenação à invasão russa, até porque quem conhece um pouco de história sabe que na segunda guerra mundial a dada altura os bons passaram a maus e os maus a bons, pelo que devemos ser prudentes. Não quer isto dizer que concorde com os ataques da Rússia”

Vereadora responde ao PSD

Em resposta ao JORNAL DAS CALDAS, a vereadora esclarece que nunca ninguém a ouviu dizer que era “favorável à invasão russa na Ucrânia, mais ainda quando pode iniciar uma terceira guerra mundial”. 

“Tendo sido durante toda a minha vida contra todas as invasões militares por outros países, seria estranho que viesse agora apoiar uma invasão ilegal de um país por outro país”, sustentou.

Considera que as declarações dos vereadores do PSD estão “descontextualizadas, cirúrgicas e visam apenas pôr em causa o trabalho da Câmara Municipal, que tem sido constante dia e noite no plano de apoio aos refugiados”.

Conceição Henriques disse que nas Caldas “está-se a tentar fazer pequena política à conta de um problema que é o mais grave que eu tenho memória”. “Desde a crise dos mísseis em Cuba eu não me recordo de nenhuma situação tão sensível como esta”, apontou.

Lamentou que “andem a fazer chicana nas redes sociais com esta situação”.  

Quanto ao seu voto contra o hastear da bandeira ucraniana nos Paços do Concelho, a autarca afirmou que “votou a favor da moção do PSD e dos dois pontos do PS, só com a exceção do hastear da bandeira”. 

Esclareceu que o sentido do voto negativo “deve-se ao facto de considerar que a bandeira nacional é um símbolo da soberania e independência nacionais, pelo que o hastear de uma bandeira de uma nação estrangeira num edifício público, sem que tal seja feito no âmbito da diplomacia que acompanha visitas de altas individualidades desses países em Portugal, nos termos e condições definidos pelo Protocolo de Estado, deve ser encarado com especial reserva”.

Considera que o hastear da bandeira ucraniana num mastro dos Paços do Concelho de Caldas da Rainha “não é uma ação que contribua para a resolução da situação dramática que o povo ucraniano enfrenta, nem dos graves problemas sentidos pela comunidade ucraniana residente neste concelho”.

Afirma que esta posição “em nada compromete a minha solidariedade pela situação que o povo ucraniano atravessa, nem o apoio concreto que dependa da minha ação, nem o meu claro repúdio aos atos de guerra que estão a ser perpetrados contra a população civil da Ucrânia”.

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