Igor Damianov, de 36 anos, em Portugal desde 2015, conseguiu ir buscar a sua mulher, de 29 anos, o filho de oito meses e a filha de dois anos e meio, que tem dupla nacionalidade por ter nascido em Portalegre.
A esposa e os filhos, que se encontravam em Chernivtsi, na Ucrânia, atravessaram a fronteira com a Roménia e Igor foi ao seu encontro. “Fui de avião para Itália e depois para a Roménia”, contou.
Para o médico ucraniano, que começou por trabalhar num restaurante na Nazaré antes de conseguir passar para a área em que se formou, desempenhando agora funções na clínica Raciocínio Claro, nas Caldas da Rainha, estar de novo com a família é “um milagre”. “Consegui trazer a minha família no próprio dia em que fui buscá-la”, relatou.
Cada minuto que passava a aflição aumentava, mas os obstáculos para trazer a família foram ultrapassados com algumas ajudas. “Ela e os filhos foram de carro até à fronteira e passaram a pé. Os voluntários que estavam na fronteira ajudaram muito e arranjaram um carro para os levar para perto do aeroporto”, referiu.
O médico contou com outro apoio para desbloquear qualquer entrave. “Fui contactado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros e também deixaram os meus contactos na embaixada portuguesa na Roménia e mandei-lhes os dados da minha família”, indicou Igor Damianov.
O casal e os filhos estão agora a viver nas Caldas da Rainha e a esposa do médico só não pôde aparecer nesta reportagem por estar em confinamento, já que acusou positivo no teste à Covid-19. Mas tendo em conta os sintomas ligeiros, era uma preocupação menor perante a grande ansiedade vivida com a guerra na Ucrânia, uma vez que o resto da família permanece no território invadido pelo exército russo.
“Por enquanto os familiares vão ficar lá. Vamos ver como corre”, manifestou.
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