A Comissão Cívica da Proteção das Linhas de Água e Ambiente questionou a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e o Ministério do Ambiente relativamente à falta de análises “em profundidade” aos dragados do Braço da Barrosa, na Lagoa de Óbidos.
Em causa está o facto de a comissão ter-se dirigido ao local próximo do canhão expulsor dos sedimentos para o mar, onde constatou “o cheiro nauseabundo, a cor preta dos dragados, compostos de várias películas, supostamente altamente tóxicas”, explicou o porta-voz da comissão, Vítor Dinis, sendo “o que é totalmente contrário a anteriores situações”.
A comissão também constatou a falta de resultados das análises da qualidade da água e aos dragados, que “quinzenalmente iam ser tornadas públicas, mas desde setembro do ano passado que não foram divulgadas, e nem constam do site da APA”.
Solicitou, por isso, “com caráter de urgência, que sejam tomadas medidas adequadas e facultadas as análises aos sedimentos dos dragados retirados da zona do Braço da Barrosa, sob pena de exigir que a intervenção nessa zona seja imediatamente suspensa”.
Além disso, a comissão também interrogou sobre a forma “como é que a APA está a enviar os dragados para o mar, sem monitorizar ou fazer as análises aos mesmos”, relembrando que “estão proibidos de enviar para o mar se forem dragados classe superior a dois”.
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