A animação de carnaval encheu a avenida marginal e a praça principal da vila da Nazaré, no passado fim-de-semana, e mesmo não tendo havido desfile, há muito cancelado devido à pandemia, não foram precisos os habituais carros alegóricos preparados ao longo de vários meses, uma vez que espontaneamente saíram à rua grupos com vestimentas do entrudo.
É um evento com grande tradição na vila e milhares de pessoas acabaram por visitar a Nazaré para ver os grupos a dançarem ao som das músicas carnavalescas produzidas na localidade, onde o horário de funcionamento dos bares, discotecas, restaurantes e associações foi alargado para o carnaval, podendo prolongar-se até às seis da manhã.
“Carnaval a reboque” foi o lema de um “Trio Elétrico”, numa iniciativa do Grupo de Danças e Cantares Mar Alto – Círculo Cultural da Nazaré Mar-Alto e Rancho Folclórico Tá-Mar da Nazaré, com apoio do município no valor de 6.436 euros, que percorreu as ruas da Nazaré, animando a vila com a música de carnaval ao vivo, tendo obtido parecer favorável da Direção-Geral da Saúde.
“Lamentavelmente estivemos em guerra com um inimigo invisível e agora há uma guerra com um inimigo visível, mas os nazarenos não são capazes de ficar em casa, porque o carnaval está-lhes no sangue”, manifestou Tânia Robalo, uma das participantes.
“Não vivemos só do trabalho e um bocadinho de folia já fazia falta. A Nazaré tem uma marca a defender, porque é a nossa forma de estar”, sublinhou Henrique Hilário.
“As pessoas andavam doentes de não haver carnaval. Está um mar de gente, a ver e a participar”, completou Júlia Quinzico. “Temos de voltar à normalidade”, sustentou Nelson Caseiro, sendo completado por Natália Conceição: “Nós precisamos disto para alimentar o resto do ano, é como se fosse uma vitamina”.
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