Covid-19
Depois de na semana passada terem sido reduzidos os horários de funcionamento de três (Alcobaça, Caldas da Rainha e Peniche) dos cinco centros de vacinação Covid-19 da área do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Oeste Norte, a partir da próxima segunda-feira passam a funcionar nos centros de saúde.
A medida visa “rentabilizar vacinas e profissionais”, informou a diretora do ACES Oeste Norte, Ana Pisco, que em declarações à agência Lusa disse que “atualmente, a taxa de pessoas a vacinar na região é bastante baixa”, justificando a opção por “um modelo de vacinação concentrado nas unidades de saúde dos seis concelhos do ACES Oeste Norte – Alcobaça, Bombarral, Caldas da Rainha, Nazaré, Óbidos e Peniche.
Em Caldas da Rainha, Peniche e Alcobaça os centros de vacinação estão a funcionar apenas dois dias por semana (terças e quintas), e aos fins-de-semana, das 09h30 às 17h00/17h30. O funcionamento foi reduzido com a justificação de que o elevado número de vacinados não obrigaria a abertura diária.
Na Nazaré e no Bombarral, os centros de vacinação mantinham-se com a abertura durante os sete dias da semana, por existir um número de utentes elegíveis a aguardar vacinação.
A diminuição de utentes a vacinar “torna mais complicada a gestão dos lotes de vacina que são abertos e que, caso não se conseguisse completar a sua administração, conduziria a um desperdício que se pretende evitar”, explicou Ana Pisco.
A vacinação passará assim a ser concentrada nos centros de saúde das sedes dos seis concelhos que integram o ACES, sendo que em Alcobaça, Nazaré, Caldas da Rainha, Peniche e Bombarral as vacinas serão administradas aos sábados e, em Óbidos, às quartas-feiras à tarde, dado “a dimensão deste concelho não justificar que se ocupe um dia inteiro”.
O novo modelo organizativo permite “libertar profissionais de saúde que estavam afetos aos centros de vacinação, em sistema de rotatividade, e que agora podem retomar a atividade normal nas suas unidades, quer ao nível de consultas de Medicina Geral e Familiar, quer no acompanhamento da doença aguda, programas de vigilância de saúde materno infantil e rastreios”, afirmou Ana Pisco à agência Lusa.
A expetativa de Ana Pisco é de que sejam vacinadas “cerca de 100 pessoas por sábado” nos concelhos de maior concentração populacional, como Caldas da Rainha e Alcobaça, e que nos restantes esse número possa ser mais reduzido. Na área do ACES continuará a haver “casa aberta”.
O novo sistema de vacinação deverá ocupar dois enfermeiros e um médico por sábado, em cada um dos centros de saúde.
Entretanto, nos dias 26 e 27 de fevereiro será administrada a vacina em exclusivo para a faixa etária dos 5 aos 11 anos, e mais de 18 anos e mais de 50 anos sem a dose de reforço.
Menos restrições
Desde o último sábado passaram a existir menos restrições perante a pandemia de Covid-19, tendo sido eliminado o confinamento de contactos de risco.
Os contactos de alto risco deixam de ficar em confinamento, passando apenas a estar em isolamento as pessoas que testem positivo ao vírus SARS-CoV-2, tendo ou não sintomas.
Deixou de haver recomendação de teletrabalho, assim como limites de lotação em estabelecimentos, equipamentos e outros locais abertos ao público, a exigência de apresentação de certificado digital, salvo no controlo de fronteiras, e a exigência de teste com resultado negativo para acesso a grandes eventos, recintos desportivos, bares e discotecas.
Mantém-se a exigência de teste negativo, exceto para portadores de certificado de recuperação ou de certificado de vacinação completa com dose de reforço, para visitas a lares e a pacientes internados em estabelecimentos de prestação de cuidados de saúde.
É igualmente mantido o uso de máscara nos espaços interiores onde é exigida atualmente, por exemplo, nas salas de aulas, nos transportes públicos, nos espaços interiores públicos, nos recintos desportivos ainda que ao ar livre, entre outros.
O uso de máscara na rua já não é obrigatório há vários meses, mas mantém-se a recomendação do seu uso em caso de grandes aglomerados.
O país deixou de estar em situação de calamidade, passando para situação de alerta.
As restrições que ainda vão permanecer só devem ser levantadas quando Portugal atingir um indicador de 20 mortos por milhão de habitantes a 14 dias, o que os especialistas apontam que possa acontecer dentro de cinco semanas. Atualmente Portugal regista 63 mortos por milhão de mil habitantes.
Mais 16 óbitos no Oeste na última semana
Os Municípios da região Oeste estão a restringir a divulgação de dados, mas enquanto houver informações acerca da situação epidemiológica o JORNAL DAS CALDAS vai continuar a publicar.
Os dados divulgados até à madrugada de 22 de fevereiro davam conta que no total, desde o início da pandemia, foram registados 903 óbitos (mais 16 em relação à semana passada) na região Oeste, que as autoridades de saúde associaram à Covid-19.
O concelho de Torres Vedras era onde se verificava o maior número de falecimentos, que passaram de 217 para 219.
O concelho das Caldas da Rainha era o segundo com mais mortes (172, mais 7), seguindo-se Alcobaça 96 (mais 2), Alenquer 89 (mais 1), Arruda dos Vinhos 63 (manteve), Peniche 61 (mais 1), Óbidos 50 (mais 1), Lourinhã 43 (não atualizou), Nazaré 34 (manteve), Sobral de Monte Agraço 28 (não atualizou), Bombarral 25 (manteve) e Cadaval 24 (mais 2).
Em relação aos casos ativos na Região Oeste, Alenquer, Nazaré, Sobral de Monte Agraço e Torres Vedras não divulgaram.
Em Caldas da Rainha havia 2108 (sem comparação), Alcobaça 718 (menos 1722), Lourinhã 711 (menos 264), Peniche 557 (menos 297), Cadaval 554 (mais 106), Óbidos 191 (menos 122), Bombarral 150 (menos 34) e Arruda dos Vinhos 116 (menos 131).
Os últimos dados, relativos a 19 de fevereiro, revelavam que a taxa de incidência a 14 dias por 100 mil habitantes passou de 4581 para 3186 nas Caldas da Rainha, acima do limite admissível (mais de 240 casos).
Todos os concelhos do Oeste estavam em risco extremamente elevado: Óbidos com 3860 (menos 1281), Torres Vedras com 3799 (menos 1306), Cadaval com 3794 (menos 211), Lourinhã com 3636 (menos 1230), Nazaré com 3590 (menos 2560), Peniche com 3580 (menos 921), Arruda dos Vinhos com 3569 (menos 1858), Alcobaça com 3262 (menos 2151), Alenquer com 3203 (menos 2137), Bombarral com 2996 (menos 1482) e Sobral de Monte Agraço com 2686 (menos 1791). Rio Maior, concelho vizinho das Caldas da Rainha, mas pertencente ao distrito de Santarém, estava com 4042 (menos 1488).
Total de casos confirmados: Torres Vedras – 23906 (mais 1230); Alcobaça – 15132 (mais 571); Alenquer – 14169 (mais 432); Peniche – 7146 (mais 296); Lourinhã – 6122 (mais 436); Nazaré – 4361 (mais 121); Arruda dos Vinhos – 4034 (mais 212); Bombarral – 2937 (mais 150); Cadaval – 2786 (mais 423); Óbidos – 2730 (mais 138); Caldas da Rainha e Sobral de Monte Agraço não divulgaram.
Total de casos recuperados: Alcobaça 14318 (mais 2197); Peniche – 6528 (mais 592); Arruda dos Vinhos – 3855 (mais 343); Bombarral – 2762 (mais 184); Óbidos – 2489 (mais 259); Cadaval – 2208 (mais 115); Caldas da Rainha, Alenquer, Lourinhã, Sobral de Monte Agraço, Nazaré e Torres Vedras não divulgaram.
Ao nível das freguesias, no concelho de Peniche existiam 280 casos (menos 123) na cidade, 179 (menos 112) em Atouguia da Baleia, 76 (menos 46) em Ferrel e 22 em Serra D’El-Rei (menos 16). Em quarentena/sob vigilância estavam 789 (menos 219) pessoas.
Em Alcobaça, os casos ativos estão distribuídos por freguesia da seguinte forma (apenas foram reveladas as freguesias com mais de 3 casos): U. F. de Alcobaça e Vestiaria – 110 (menos 278), Benedita – 102 (menos 305), U. F. de Pataias e Martingança – 100 (menos 196), Aljubarrota – 60 (menos 232), São Martinho do Porto – 59 (menos 16), Évora de Alcobaça – 58 (menos 116), Alfeizerão – 48 (menos 116), Cela – 43 (menos 87), Turquel 40 (menos 156), U. F. de Coz, Alpedriz e Montes – 37 (menos 66), Bárrio – 24 (menos 31), Maiorga – 22 (menos 55) e Vimeiro – 15 (menos 68).
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