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Ciberataque à Vodafone deixou marcas na região

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No final de quatro dias de esforços desenvolvidos para restabelecer as comunicações, após o ciberataque de que foi alvo, a Vodafone Portugal anunciou o “regresso à normalidade”, ao final da tarde da passada sexta-feira.
As comunicações ficaram bloqueadas para quem tinha Vodafone ou queria falar com um utilizador desta operadora

No final de quatro dias de esforços desenvolvidos para restabelecer as comunicações, após o ciberataque de que foi alvo, a Vodafone Portugal anunciou o “regresso à normalidade”, ao final da tarde da passada sexta-feira.

Segundo a operadora, podia ainda nessa altura “verificar-se situações de instabilidade pontual”, mas “a rede encontra-se estabilizada, o que inclui, além da voz móvel e fixa, também os serviços de dados e de televisão”.

Sexta-feira estava a ser “um dia especialmente dedicado ao restabelecimento da totalidade das funcionalidades específicas para clientes empresariais, encontrando-se a mesma praticamente concluída”.

“Do ponto de vista interno, há ainda muito trabalho pela frente para assegurar a total sustentabilidade da operação em aspetos que, não penalizando a disponibilidade dos serviços, causam impacto na empresa”, referia a Vodafone.

Ao princípio da noite de 7 de fevereiro foi quando aconteceu o ciberataque, que afetou cerca de 4,7 milhões de clientes da rede de telemóvel e perto de 3,4 milhões de lares, empresas e instituições públicas ligados às redes fixas da operadora.

Chamadas cortadas, SMS por enviar, televisão que não funcionava ou dados móveis lentos, foram algumas das muitas queixas que se fizeram sentir com o ciberataque à Vodafone, cuja autoria não foi reivindicada.

Houve caixas multibanco a ficarem indisponíveis, hospitais impedidos de enviar mensagens automáticas com convocatórias para consultas e exames, e unidades de saúde a não conseguirem fazer chegar resultados de testes à Covid-19.

Empresas ficaram sem contactos, o que transtornou bastante os negócios, e clientes ficaram impedidos de serviços. Na região muitas pessoas se queixaram por ficarem com as comunicações bloqueadas, tivessem Vodafone ou quisessem falar com um utilizador desta operadora.

Em conferência de imprensa, o presidente executivo da Vodafone Portugal, Mário Vaz, deu conta que serviços essenciais que dependem da rede da Vodafone Portugal, como o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e alguns quartéis de corporações de bombeiros, foram afetados.

O INEM teve de ativar de imediato o seu plano de contingência para fazer face aos constrangimentos verificados com a rede, garantindo que esteve sempre a funcionar o sistema de emergência médica, “privilegiando o acionamento através da rede SIRESP (rede de comunicações exclusiva do Estado Português para o comando, controlo e coordenação de comunicações) e recorrendo aos sistemas redundantes de que dispõe em termos de telecomunicações móveis”.

Contudo, todas as chamadas de emergência transferidas pelas centrais 112, geridas pela PSP, para os Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do INEM, estiveram sempre asseguradas.

Há relatos de algumas corporações de bombeiros afetadas, mas no caso das Caldas da Rainha isso não se verificou porque a central de comunicações recorre a duas operadoras, precisamente para evitar situações de colapso total.

Bombeiros, INEM e forças de segurança garantiram que as falhas nas comunicações foram contornadas com a utilização da rede SIRESP, e no caso dos bombeiros há ainda a alternativa da rede ROB (Rede Operacional Bombeiros).

“O SIRESP é o que se usa mais mas se falhar todos os carros e a central têm a rede ROB”, relatou ao JORNAL DAS CALDAS Nelson Cruz, comandante dos bombeiros das Caldas da Rainha.

“Ao nível dos telemóveis do pessoal que eram da Vodadone estiveram limitados, quanto à central temos fibra da Altice e funcionou tudo bem. As corporações que tiveram dificuldades só têm um sistema”, adiantou.

A Vodafone continua a colaborar com as autoridades na investigação em curso para apurar a origem desta ataque pirata, que mostrou a fragilidade do sistema de segurança informática.

Os clientes da operadora vieram a público reclamar que a próxima fatura tivesse em conta as falhas nos serviços e houvesse uma compensação por esse facto. Mas um eventual reembolso não será fácil conseguir, pois as falhas nos serviços provocadas pelo ciberataque não se enquadrarão na reclamação por avaria.

Ataques informáticos já acontecem há vários anos – com esquemas que assumem diversos modus operandis, com maior ou menor impacto -, e a cibercriminalidade associada à vertiginosa evolução tecnológica está para durar. Desde ciberataques dirigidos a entidades governamentais, a bancos, a marcas e a empresas, esta é uma notícia que se tem repetido, nos últimos tempos. Recentemente registaram-se ataques à página de internet da Assembleia da República, ao Grupo Impresa (SIC e Expresso), à Cofina (Record, Correio da Manhã, CMTV, Sábado e Jornal de Negócios), e agora à Vodafone.  

Especialistas defendem que o investimento em cibersegurança passará a ser uma prioridade vital para empresas, marcas e organizações e, para os consumidores, o caminho apontado pelo Portal da Queixa é o de construir uma forte literacia digital. Para a maior rede social de consumidores de Portugal, estar alerta, informado e ter consciência da situação, pode mesmo fazer toda a diferença. A ideia passa por saber reconhecer cenários duvidosos e fraudulentos e saber como agir quando se é vítima de algum esquema de burla.

Procedimentos como mudar regularmente passwords, evitando ter a mesma senha para tudo, para não ser um alvo fácil, nunca abrir mensagens de remetentes ou números desconhecidos, sobretudo se convidam a abrir um link ou a partilhar dados pessoais, reforçam a segurança. As mensagens de alerta (supostas dívidas, pagamentos em atraso, alerta de cancelamentos) são uma prática comum em ataques de phishing.

O Comando Territorial de Leiria da GNR deixa algumas dicas para melhorar a privacidade online: Use passwords fortes, utilize os navegadores em modo privado, não guarde os seus dados no navegador, não partilhe dados pessoais nas redes sociais e sites de consulta, e mantenha o seu antivírus atualizado.

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