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Caldense expõe coleção de minerais em Póvoa de Lanhoso

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O caldense Bruno Pontes é o autor da exposição “Minerais de Portugal”, que está patente até ao final deste mês no castelo da Póvoa de Lanhoso. Nesta mostra é possível ver minerais provenientes de norte a sul de Portugal, as suas aplicações e importância no quotidiano, e também perceber um pouco da sua preponderância na história da humanidade.
A exposição “Minerais de Portugal” é constituída por minerais de norte a sul do país

O caldense Bruno Pontes é o autor da exposição “Minerais de Portugal”, que está patente até ao final deste mês no castelo da Póvoa de Lanhoso. Nesta mostra é possível ver minerais provenientes de norte a sul de Portugal, as suas aplicações e importância no quotidiano, e também perceber um pouco da sua preponderância na história da humanidade.

Licenciado em Engenharia Geológica, Bruno Pontes exerce a sua atividade na área da Hidrogeologia, tendo em 2005 fundado a empresa Hidroeste, no Centro Incubador das Caldas da Rainha, onde adquiriu uma tecnologia inovadora de inspeção vídeo de furos para captação de água e de prospeção geofísica. Essa tecnologia permitiu ao caldense realizar ao longo dos anos vários trabalhos técnicos para as principais empresas de furos para captação de água do país e também para diversas entidades públicas e privadas.

Além dessa atividade, Bruno Pontes é geólogo de diversas empresas da área e tem projetos ligados ao turismo rural e ao setor agrícola, com a produção de mirtilos e ervas aromáticas. Contudo, “sempre tive um forte interesse pelas geociências e todas as suas valências, das quais a mineralogia é parte integrante. Assim, desde muito jovem fui colecionando minerais”, contou o caldense, adiantando que com o decorrer dos anos foi aumentando e melhorando a qualidade da coleção, quer por ação da atividade profissional, quer por coleta em saídas de campo, trocas com colecionadores e aquisição em feiras e lojas especializadas.

A sua coleção habitualmente está exposta na sua casa de turismo rural, situada a quinze quilómetros do Parque Nacional da Peneda Gerês, onde os hóspedes, quando visitam o espaço, demonstram “uma grande curiosidade e fascínio com o espólio presente”. “Assim, e uma vez que a autarquia da Póvoa de Lanhoso sempre se mostrou muito dinâmica e ativa na promoção da ciência e cultura, decidi propor uma exposição de minerais, com o intuito de dar a conhecer o património geológico de Portugal”, explicou Bruno Pontes, esclarecendo que “a ideia foi muito bem aceite e sugeriram então a realização da exposição no Castelo de Lanhoso”.

A “Minerais de Portugal” é constituída na totalidade por minerais existentes no território, tendo uma parte substancial das amostras da sua coleção e outras que foram cedidas por amigos também entusiastas da mineralogia. Nesta exposição podem ser vistas as aplicações e importância dos minerais no quotidiano e também perceber um pouco da sua preponderância na história da humanidade.

A exposição foca-se em três temas distintos, mas que se complementam: A História, Aplicações no Quotidiano e Minerais de Norte a Sul. “Os minerais tiveram desde sempre uma importância fundamental na evolução da humanidade, de tal forma que inclusivamente existem períodos históricos classificados com os seus nomes, tais como as Idades da Pedra, do Cobre, do Bronze e do Ferro”, explicou o colecionador, acrescentando que na mostra estão expostos artefactos dos diferentes períodos históricos, sendo acompanhados com os respetivos minerais que lhes deram origem. Assim é possível encontrar, por exemplo, um capacete de bronze da Idade do Ferro (I milénio a. C.) juntamente com os minerais calcopirite de Arouca e cassiterite (estanho) de Vila Real.

Na exposição podem ser vistos ainda minerais provenientes das Minas da Panasqueira na Covilhã [volfrâmite (volfrâmio), cassiterite (estanho), pirite (ferro), calcopirite (cobre)], Minas de Aljustrel [esfarelite (zinco) e galena (chumbo)], Minas de Loulé (sal-gema) e Minas de Barqueiros em Barcelos (caulino). Também podem ser apreciadas amostras de granitos de Mondim de Basto e Vila Real, mármores de Estremoz e ainda amostras de lepidolite da Guarda.

Na mostra também são visíveis minerais de todas as províncias portuguesas, como por exemplo Minho (água marinha do Gerês e andaluzite da Serra de Arga), Beiras (berilo de Viseu, rubelite (turmalina rosa) da Guarda e fluorapatite da Covilhã), Estremadura (selenite e pirite “cruz de ferro” de Óbidos, calcite de Turquel, oligoclase de Leiria), Alentejo (descloisite e aragonite de Beja, libethenite de Évora), e Algarve (sal-gema de Loulé e natrolite da Serra de Monchique).

Para Bruno Pontes, “a experiência está a correr muito bem, visto que é a primeira vez que faço uma exposição com esta abordagem temática, apesar de ter os minerais expostos de forma permanente na minha quinta de turismo rural”.

Além desta iniciativa, Bruno Pontes já teve convites para expor a coleção em outros sítios, nomeadamente escolas secundárias, mas “neste momento, ainda é uma opção em aberto”, e também está a perspetivar criar um Geo-Museu focado na mineralogia portuguesa, com conteúdos que se enquadrem nos planos escolares. “Como também estou ligado à área do turismo, consigo ter uma visão estratégica nessa área, e assim criar dinâmicas capazes de elevar a oferta cultural e científica da comunidade onde o Geo-Museu se inserir”, sublinhou o caldense.

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