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População de Atouguia da Baleia pede médico

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A população de Atouguia da Baleia, em Peniche, realizou no passado dia 25 uma vigília à porta do Centro de Saúde para reclamar contra a inexistência de um médico de família permanente. Seis mil utentes têm recorrido a médicos particulares ou às urgências dos hospitais.
Vigília à porta do Centro de Saúde

A população de Atouguia da Baleia, em Peniche, realizou no passado dia 25 uma vigília à porta do Centro de Saúde para reclamar contra a inexistência de um médico de família permanente. Seis mil utentes têm recorrido a médicos particulares ou às urgências dos hospitais.

Ao longo das últimas semanas, desde a saída do profissional que prestava serviço no Centro de Saúde de Atouguia da Baleia, que a população está sem médico de família. A situação torna-se preocupante e ganha outra dimensão já que a vila é grande.

Raquel Franco, uma habitante em Atouguia da Baleia, relatou que “há seis meses que não tenho uma consulta, porque não há médicos”.

António Salvador, presidente da Junta de Freguesia de Atouguia da Baleia, explicou que a vigília aconteceu na sequência da “pressão da população, que está bastante desagradada com a falta de médicos de família no centro de saúde e com os casos pontuais da falta de enfermeiros”.

“Contactámos as entidades competentes que devem resolver a situação, porque não cabe à junta ou à Câmara, mas sim ao Governo, que nos anda a prometer há uma série de anos, só que o tempo vai passando e cada vez mais se vai agravando”.

“Neste momento o Centro de Saúde de Atouguia da Baleia tem mais de seis mil utentes e tem uma médica de reforço que vem fazer umas horas, o que é insuficiente, obrigando as pessoas a terem de se deslocar para os privados ou ir às urgências dos hospitais, que estão um caos. Alguma coisa tem de ser feita”, vincou.

O autarca mostrou-se preocupado com o cenário de “falta de médicos no Serviço Nacional de Saúde, enquanto que nos privados não há falta de médicos”, questionando “como é que o Governo gasta milhões de euros a formar médicos, dinheiro dos contribuintes, e depois eles apanham-se com o canudo na mão e vão para o privado ou emigram, em vez de terem de ficar fidelizados ao Serviço Nacional de Saúde por algum tempo”.

O problema em Atouguia da Baleia esbarra no concurso para contratação de médicos, que “ficou deserto”.

“Contactámos o Agrupamento de Centros de Saúde do Oeste Norte e disseram-nos que havia uma vaga para ser preenchida mas que ninguém apareceu a concorrer”, relatou António Salvador, que defendeu que “faltam condições para os médicos trabalharem”. “Não é a primeira, segunda ou terceira vez que a Junta tem de se deslocar ao Centro de Saúde para fornecer papel, canetas, impressoras ou toners para imprimir, nem sequer uma balança para medir o peso ou máquina para medir a tensão, o que se tem de alterar”, sublinhou o presidente da junta.

A vereadora Clara Abrantes, que é também enfermeira no Centro de Saúde, apelou aos partidos para se unirem na pressão ao Governo, enquanto que Henrique Bertino, presidente da Câmara de Peniche, defendeu que compete ao Governo dar as condições para que os médicos se candidatem e preencham as vagas, caso contrário os concursos vão continuar desertos porque os profissionais preferem escolher para trabalhar entidades privadas que paguem mais.

“Não está garantido o acesso à saúde a todos”, lamentou Henrique Bertino, que garantiu que vai continuar a reivindicar junto do Governo a resolução do problema.

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