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Independentes do Vamos Mudar incomodam concorrentes às legislativas

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O comunicado do Vamos Mudar, movimento que lidera a Câmara Municipal das Caldas da Rainha, em que sublinha que nenhum dos partidos com assento parlamentar colocou a questão da construção do novo hospital para a região Oeste na agenda política nacional, mereceu a contestação das candidaturas distritais, que acusaram os independentes de faltarem à verdade e de ignorarem os programas dos candidatos no distrito. Mas o Vamos Mudar voltou à carga, ficando na história desta campanha das legislativas no círculo eleitoral de Leiria, pautada pela pacatez, não fosse este episódio, protagonizado por um movimento autárquico que não é concorrente às eleições de 30 de janeiro.

O comunicado do Vamos Mudar, movimento que lidera a Câmara Municipal das Caldas da Rainha, em que sublinha que nenhum dos partidos com assento parlamentar colocou a questão da construção do novo hospital para a região Oeste na agenda política nacional, mereceu a contestação das candidaturas distritais, que acusaram os independentes de faltarem à verdade e de ignorarem os programas dos candidatos no distrito. Mas o Vamos Mudar voltou à carga, ficando na história desta campanha das legislativas no círculo eleitoral de Leiria, pautada pela pacatez, não fosse este episódio, protagonizado por um movimento autárquico que não é concorrente às eleições de 30 de janeiro.

“Constata-se, com tristeza, que o novo Hospital ainda não está na agenda política nacional. Consultados os programas eleitorais do PS, do PSD, do Bloco de Esquerda, do PCP-PEV, do CDS, do PAN, da Iniciativa Liberal, do Chega e do Livre, verifica-se que nenhum dos partidos se refere a essa medida concreta nos seus programas eleitorais para as legislativas”, escreveu no primeiro comunicado o Vamos Mudar, acrescentando que “apenas a nível local, e quando questionados sobre o assunto em entrevistas para os jornais, os candidatos de alguns partidos admitem ou defendem a necessidade de um novo hospital”.

“Decididamente é muito pouco. É preciso dar força a esta ideia de um novo hospital, para mais quando está a decorrer um estudo sobre a sua necessidade e caraterísticas, adjudicado pela Comunidade Intermunicipal do Oeste”, comentou.

Num segundo comunicado, após reações dos partidos, o Vamos Mudar volta ao ataque, referindo que “consultando os sites oficiais dos partidos políticos com assento parlamentar e pesquisando pela designação de Programa Eleitoral 2022, em nenhum dos documentos aí disponibilizados surge a referência concreta à construção do Novo Hospital do Oeste”.

O Vamos Mudar apontou que “o padrão de construção do documento eleitoral não é uniforme e, nalguns casos, esse documento refere-se a medidas genéricas no âmbito do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, admitindo que não fosse obrigatória haver essa referência explicita no primeiro documento.

Contudo, no caso do PS, havendo uma descrição de “construir as novas unidades hospitalares Central do Alentejo, Lisboa Oriental, Seixal, Sintra, Central do Algarve e a maternidade de Coimbra”, o movimento apresentou o contraste com o folheto da candidatura de Leiria encabeçada pelo atual Secretário de Estado da Saúde, Lacerda Sales, onde “aparece em primeiro lugar a referência à intenção de defender a construção do novo Hospital do Oeste”.

No caso do PSD, “não havendo nenhuma referência a novos hospitais no seu programa eleitoral nacional”, no folheto divulgado pela candidatura de Leiria é referida a defesa da “construção do novo Hospital do Oeste”.

Segundo o Vamos Mudar, o Bloco de Esquerda “refere no seu programa que a construção dos novos hospitais de Barcelos e do Algarve já constou em orçamentos anteriores e desapareceu sem qualquer tipo de execução, hospitais como os de Lisboa ou Seixal constam de orçamentos desde 2016, mas continuam por adjudicar, a ampliação do hospital de Beja ou a maternidade de Coimbra não saíram do papel, e não faz nenhuma referência ao Hospital do Oeste”.

Já no programa eleitoral publicado do Chega, o Vamos Mudar acabou por reconhecer que se refere “como intenção acionar todos os mecanismos legais necessários que garantam a célere construção ou conclusão de novas unidades hospitalares prometidas e adiadas pelos sucessivos governos, como por exemplo o Hospital do Oeste”.

Também em relação ao PCP, o Vamos Mudar admitiu que este partido “é o mais consequente nos seus propósitos de defesa do novo Hospital do Oeste, apesar de não haver essa referência concreta nas páginas iniciais que remetem para o seu programa eleitoral”. Contudo, relatou que “a defesa da construção do novo Hospital do Oeste é referida nos folhetos da candidatura distrital de Leiria e afirmada convictamente pela cabeça de lista por Leiria (Heloísa Apolónia) que, numa entrevista aos jornais locais, disse que reivindica a construção de um novo hospital para o Oeste”.

“Por outro lado, o PCP foi, efetivamente, o único partido que assumiu uma iniciativa legislativa com vista a solucionar a necessidade de construção de um novo hospital no Oeste, proposta que foi chumbada na Assembleia da República, nomeadamente pelo PS”, sublinhou o Vamos Mudar, que argumentou que o movimento independente “como organização política de cidadãos empenhados no progresso do concelho e da região, não poderia deixar de alertar para as imensas dificuldades que se estão a viver a nível dos cuidados de saúde e de vir, mais uma vez, defender a rápida programação de um novo hospital”.

Fundado a 1 de março de 2021, o Vamos Mudar nasceu para protagonizar uma candidatura à Câmara Municipal de Caldas da Rainha, candidatando Vítor Marques à sua presidência, vencendo as eleições autárquicas.  

Partidos reagem

O primeiro a reagir foi Ricardo Miguel, candidato da CDU à Assembleia da República pelo círculo eleitoral de Lisboa, lamentou que “a poucos dias das eleições, o Movimento Vamos Mudar faça um comunicado faltando à verdade sobre a posição da CDU sobre o novo Hospital do Oeste”.

“A CDU tem no seu compromisso eleitoral do distrito de Lisboa concretizar no curto prazo a decisão da construção de um novo hospital público na região Oeste, integrado no Centro Hospitalar do Oeste (CHO), decisão essencial para a melhoria significativa nos serviços de saúde às populações do sul do distrito de Leiria”, manifestou Ricardo Miguel, pedindo que se reponha “a verdade sobre uma matéria que tem tido a intervenção da CDU e continuará a ter no próximo mandato”.

A Coordenação Distrital de Leiria da CDU transmitiu que “deplora e rejeita as declarações do Movimento Vamos Mudar em que acusa de forma geral os partidos políticos por não incluírem nos seus programas eleitorais a construção do novo Hospital do Oeste”.

“Só uma irresponsável “ligeireza” ou um total desconhecimento das posições e programas eleitorais do PCP e do PEV, bem como dos compromissos da CDU para a região de leiria, pode explicar tal afirmação que é tão mais irresponsável e grave quando proferida em plena campanha eleitoral e num quadro em que o referido movimento assume responsabilidades no poder local no concelho de Caldas da Rainha”, considerou.

“A CDU foi das primeiras forças políticas a dar expressão concreta à reivindicação da construção de um novo Hospital na região Oeste. Isso é patente na Assembleia da República em várias propostas de resolução e em propostas de alteração aos Orçamentos do Estado”, vincou.

Segundo os comunistas, o Compromisso Eleitoral para o Distrito de Leiria, apresentado em dezembro, refere o objetivo de “concretizar no curto prazo a decisão da construção de um novo hospital público na região Oeste, integrado no Centro Hospitalar do Oeste”.

A direção de campanha de Leiria do Chega esclareceu que o partido publicou as “100 medidas de governo”, onde “está explicitamente defendida a construção do novo Hospital do Oeste como uma medida absolutamente prioritária relativamente às demais”. 

Paulo Espírito Santo, do PSD, comentou os comunicados do Vamos Mudar: “É falso! Lamento que o Vamos Mudar venha imiscuir-se na campanha eleitoral faltando à verdade. Acreditando que tenha sido apenas por falta de atenção”. Apresentou o programa do PSD no distrito, onde se defende “a construção do novo hospital do Oeste”, apesar do movimento independente sublinhar que a tomada de posição visou o programa nacional dos partidos e não o apresentado pelas candidaturas distritais, pois a competência para a construção de um hospital é do governo central. “Se os partidos no seu programa nacional não assumirem esse compromisso, de pouco valem as promessas locais”, fez notar um elemento do Vamos Mudar.

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